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Câmara de Campina pagará R$ 613 mil em aluguel de carros para vereadores

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publicado em 07/03/2024 às 11h41
atualizado em 07/03/2024 às 11h37
Marinaldo Cardoso (Republicanos), presidente da Câmara de Campina Grande

No apagar das luzes de 2023, enquanto os holofotes da Câmara Municipal de Campina Grande estavam voltados para a polêmica da aprovação do orçamento anual de 2024, apresentado pelo prefeito Bruno Cunha Lima (União), o presidente do do Poder Legislativo, Marinaldo Cardoso (Republicanos), concluiu uma licitação para locação de veículos destinados a “atividades administrativas” dos parlamentares.

De acordo com dados do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB), o valor anual do aluguel dos carros para 2024 é de R$ 613 mil aos cofres públicos da Casa Félix Araújo. Por mês, cada veículo custará R$ 2.045,00, totalizando R$ 51,1 mil mensais.

O aviso de licitação estabelece que o carro alugado é tipo Hatch, modelo zero km, com motor a partir de 1.0 turbo ou potência a partir de 100 CV.

Os automóveis são de quatro portas, com capacidade para cinco passageiros, ar condicionado, protetor de cárter, freios ABS, AIRBAGS frontal, direção assistida, sensores de estacionamento traseiros; película de redução de calor nos vidros laterais e traseiro nas especificações da Resolução do CONTRAN n.° 960 de 17/05/2022; câmbio com 5 (cinco) marchas à frente e uma à ré, trava elétrica nas portas.

A reportagem do Portal MaisPB tentou contato com o vereador Marinaldo Cardoso, mas não obteve resposta. Veja os detalhes do contrato:

Dois vereadores rejeitam ‘privilégios’

O vereadores Olímpio Oliveira e Napoleão Maracajá (PT) rejeitaram o usodo carro pago com dinheiro público para exercício das atividades. Para Maracajá, o pagamento de privilégios com recursos públicos não condiz com a realidade da população.

“Eu tenho uma trajetória de combater privilégios. Para ser coerente com minha história, eu represento muito gente que não tem carro, não me sentiria bem transitar junto a esse povo tendo esse tipo de privilégio. Eu tenho meu próprio carro”, explicou.

“Os privilégios são incompatíveis com o povo que muitas vezes não tem o que comer, não tem o que vestir, não tem sequer acesso a medicamentos. Então, levando em consideração tudo isso, essa foi minha decisão. Manter essa linha e abrir mão de privilégios. Já temos um bom salário, assessores. Sei que o eleitorado que represento está concordando com isso e respaldando a minha decisão”, concluiu.

MaisPB

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