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Festival Lollapalooza é flagrado com trabalhadores escravizados em São Paulo

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publicado em 23/03/2023 às 15h12
atualizado em 23/03/2023 às 16h11

O Festival Lollapalooza, que inicia nesta sexta-feira (24), em São Paulo, foi flagrado com trabalhos em situação análoga à escravidão. Nesta semana, cinco profissionais que ajudavam na preparação do evento foram resgatados. Eles trabalhavam por 12 horas seguidas como carregadores de bebidas.

“Depois de levar engradados e caixas pra lá e pra cá, a gente ainda era obrigado pela chefia a ficar na tenda de depósito, dormindo em cima de papelão e dos paletes, para vigiar a carga”, afirma J.R, um dos resgatados.

Quebrando as leis trabalhistas, os funcionários atuavam na informalidade, sem os devidos registros trabalhistas. De acordo com Rafael Brisque Neiva, auditor fiscal do Trabalho que participou da operação de resgate, os jovens entre 22 e 29 anos dormiam no chão de uma tenda de lona aberta e não recebiam papel higiênico e nem equipamento de proteção.

O Festival Lollapalooza é um dos principais do país e com atuações em diversos locais do mundo. Só em 2022, os shows movimentaram cerca de R$ 400 milhões. Os ingressos para este ano variam de R$ 1.300 a R$ 5.300. Dentre as atrações deste ano estão grandes nomes da música, como Billie Eilish, Lil Nas X, Drake, Rosália, Kali Uchis e muitos outros.

Mas já em 2019, o evento foi denunciado pelo Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos e Diversões do Estado de São Paulo (SATED-SP) por recrutar trabalhadores em situação análoga à escravidão, conforme reportagem da Folha de S. Paulo. Na época, moradores de rua foram recrutados por R$ 50, em turnos de 12h.

MaisPB com Carta Capital

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