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Marisa Monte se apresenta hoje em JP e fala ao MaisPB sobre expectativa do show

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publicado em 28/04/2022 às 06h04

• atualizado em 28/04/2022 às 07h50

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Foto: Leo Aversa

Kubitschek Pinheiro – MaisPB

Ingressos esgotados. Marisa Monte que já está rodando o Brasil com a turnê do novo álbum “Portas”( já se apresentou nos Estados Unidos) chega nesta quinta-feira a João Pessoa, com show marcado para às 21h no Teatro Pedra do Reino. Em algumas cidades o show aconteceu em estádios e arenas, para comportar a demanda de público.

“Portas” é o novo álbum de Marisa Monte, lançado em junho passado nas plataformas, com colaborações de Arnaldo Antunes, Seu Jorge, Nando Reis, Pretinho da Serrinha, Dadi, Silva e Pedro Baby, assim como as parcerias inéditas na carreira da artista, com Jorge Drexler, Chico Brown, Marcelo Camelo e Flor, além de vídeos de todas as faixas. Mais recentemente, a cantora divulgou os clipes oficiais da faixa-título, de “A Língua Dos Animais” e o vídeo de “Vento Sardo”, em parceria com Jorge Drexler, que podem ser vistos aqui no MaisPB.

“Portas” transporta o público para vários lugares. É um show luminoso, assim como a artista, que usa cinco figurinos e a plateia vai ao delírio.

Todos os álbuns da artista estão presentes nas canções escolhidas da turnê “Portas” Há uma boa lembrança de seu disco de estreia, de 1989, o gravado ao vivo “MM”, que contribui com quatro números no show. Entre eles, duas versões muito diferentes de canções bem conhecidas, a titânica “Comida” e “Bem que Se Quis”, esta, cantada de uma maneira que surpreenderá os fãs.

O MaisPB conversou com a artista e traz com exclusividade a conversa sobre o show, cujo disco teve gravações presenciais no Rio com gravações remotas em Lisboa, Madrid, Barcelona, New York e Los Angeles. Bom show para todos.

Foto: Leo Aversa

MaisPB – Vamos falar um pouco do disco “Portas”? Como foi a gestação desse novo álbum, tão bonito?

Marisa Monte – Das dificuldades surge a necessidade de soluções criativas. Foi um grande desafio encontrar para gravar, mas encaramos com muito cuidado e responsabilidade. Optamos por um método de produção misto, alternando gravações presenciais no Rio com gravações remotas em Lisboa, Madrid, Barcelona, NY e LA. Pra minha surpresa a tecnologia nos possibilitou experimentar formas de relacionamento que não teríamos tentado se não fosse pela necessidade extrema. Nesse sentido, a conectividade digital do mundo contemporâneo foi destaque na pandemia. Portas acabou sendo um álbum que fiz com mais colaborações internacionais, em mais cidades diferentes, sem sair do Rio e sem perder o calor nem o espírito coletivo.

MaisPB – Falando em Portas, a turnê já passou por vários lugares, como tem sido abrir as portas para o público, depois de uma longa temporada em pandemia?

Marisa Monte – Foi uma situação inédita na minha vida profissional ficar tanto tempo sem pisar no palco e sem cantar ao vivo. A pandemia afetou o setor cultural em cheio, e toda a vida social e coletiva ficou em suspenso durante esse período. Agora com a volta dos shows tem sido imensamente emocionante encontrar com tantos amigos, fãs e com o público para celebrar a vida através da música. Nos shows que fiz até agora, encontrei relatos de pessoas saindo pela primeira vez de casa para um evento desde 2020. Isso acrescenta uma emoção diferente, repleta de saudade e alívio, cheia de alegria e que potencializa os sentidos.

MaisPB – Pelo roteiro do show, a gente percebe que você vai cantar canções de todos os álbuns. Isso é um momento histórico de Marisa Monte?

Marisa Monte – Hoje eu tenho um repertório muito grande, depois de tantos discos gravados preciso sempre promover um rodízio de canções. São muitos hits, canções que todo mundo conhece, de alguma maneira elas vão circulando naturalmente entrando e saindo do repertório ao longo dos anos. É uma escolha também muito intuitiva com um equilíbrio interno das canções que dialogam com o momento. O show terá canções de todas as fases da minha carreira, desde músicas antigas do primeiro disco até as músicas novas do Portas.

MaisPB – O disco “Meu Coco” de Caetano Veloso saiu só na Europa. “Portas” também será assim?

Marisa Monte – Em alguns países foi lançado o CD físico. Fizemos uma pequena tiragem que está sendo vendida nos shows. Quanto ao LP, ainda não saiu em nenhum país, mas estamos planejando o lançamento junto com toda a discografia em breve.