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Polêmica no ministério

MEC nega atuação de gabinete paralelo

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publicado em 22/03/2022 às 17h26
atualizado em 22/03/2022 às 15h28
Foto: Isac Nóbrega/PR Educação

O ministro da educação, Milton Ribeiro, emitiu uma nota na tarde desta terça-feira (22) negando que o presidente Jair Bolsonaro tenha interferido na pasta e apontado a necessidade de prioridade no atendimento para prefeituras apadrinhadas por pastores.

No texto, o ministro afirma que as solicitações feitas pelo governo federal são encaminhadas para uma área técnica, que faz a avaliação da demanda.

“Registro ainda que o Presidente da República não pediu atendimento preferencial a ninguém, solicitou apenas que pudesse receber todos que nos procurassem, inclusive as pessoas citadas na reportagem. Da mesma forma, recebo pleitos intermediados por parlamentares, governadores, prefeitos, universidades, associações públicas e privadas. Todos os pedidos são encaminhados para avaliação das respectivas áreas técnicas, de acordo com legislação e baseada nos princípios da legalidade e impessoalidade”, diz a nota.

O jornal “Folha de S. Paulo” divulgou um áudio nessa segunda-feira (21) onde Milton Ribeiro diz atendeu um “pedido especial” de Bolsonaro para priorizar os pleitos do pastor Gilmar Santos. O áudio também deixa em aberto a possibilidade de contrapartida dos prefeitos que seriam beneficiados.

“Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do (pastor) Gilmar”, diz o ministro no áudio. Então o apoio que a gente pede não é segredo, isso pode ser (inaudível) é apoio sobre construção das igrejas”.

Gilmar e Arilton Moura, líderes evangélicos, são apontados como articuladores de uma espécie de gabinete paralelo do Ministério da Educação. Eles teriam feito reuniões com prefeituras aliadas ao governo para discutir a destinação de verbas federais.

MaisPB

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