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Game Over

Operação do Gaeco mira esquema em jogos de azar em CG e Pernambuco

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publicado em 21/12/2021 às 08h46
atualizado em 21/12/2021 às 10h03

Uma ação cumpre, na manhã desta terça-feira (21), 17 mandados de busca e apreensão em desfavor de oito empresas e seis pessoas físicas em Campina Grande e nas cidades pernambucanas de Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe, Taquaritinga do Norte e Vitória de Santo Antão. Os alvos da operação Game Over são os integrantes de uma suposta organização criminosa que explora loterias eletrônicas, jogos de azar e bancas de apostas.

A operação foi realizada pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de Pernambuco (Gaeco/MPPE) e pela Diretoria Geral de Operações Estratégicas da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz), com apoio do Ministério Público da Paraíba (MPPB), da Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) e da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE).

Apreensões

Na chácara do líder do grupo, localizada na zona rural de Taquaritinga do Norte, foram encontrados celulares e documentos para a comprovação dos ilícitos, além de máquinas caça-níqueis. Também foi localizado um bunker com 45 computadores que davam suporte à operação de jogos online do grupo criminoso.

Nos demais endereços foram recolhidos documentos contábeis, cheques, telefones celulares, notebooks, material de propaganda, wallets de criptomoedas e dinheiro, sendo a quantia mais relevante o valor de R$ 130 mil em espécie na sede de uma das empresas.

Investigações

As investigações tiveram início em 2018 e apontaram que o esquema ilícito foi montado a partir da criação de uma plataforma que permite a exploração de apostas em resultados de jogos de futebol denominada “MARJOSPORTS”, proporcionando ao proprietário e demais investigados ganhos milionários. Esses recursos, em seguida, são convertidos em ativos imobiliários e na criação de outras empresas a partir dos lucros ilicitamente auferidos, com a finalidade de lavar o dinheiro e conferir-lhes a aparência de legalidade.

De acordo com o MPPE, foi apurada movimentação superior a 400 milhões de reais nos últimos cinco anos por meio de várias empresas que deram início a suas atividades bancárias sem possuírem patrimônio anterior declarado. Ainda conforme os promotores do Gaeco, a organização era divulgada por artistas e chegou a patrocinar times de futebol da Série A do Brasileirão.

Os alvos da operação estão sendo investigados pela prática dos crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos ou valores; crimes contra a ordem econômica; crimes contra a ordem tributária; crimes contra as relações de consumo e promoção, constituição, financiamento ou integração de organização criminosa.

MaisPB

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