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Reabilitação na Unifacisa

Pacientes com sequelas da Covid recebem tratamento

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publicado em 01/09/2021 às 11h33
atualizado em 01/09/2021 às 10h07

Em junho deste ano, o consultor de vendas Ranielson Santos de Oliveira, de 35 anos, chegava ao Centro de Reabilitação Pós-Covid da Fundação Pedro Américo/Unifacisa, com sequelas motoras graves causadas pela covid-19. Em uma cadeira de rodas, após 2 meses hospitalizado, chegando a ser entubado por 33 dias, batalhando contra o vírus, Ranielson iniciou seu tratamento sem esperanças de voltar a andar. Hoje, com 2 meses de sessões diárias de fisioterapia, Ranielson já dá os primeiros passos por conta própria.

“Só temos a agradecer a oportunidade que nos foi dada de poder fazer parte deste projeto. Ranielson foi internado em março deste ano, por conta da covid-19, chegando a passar 33 dias entubado. Essa batalha acarretou sequelas motoras e ele acabou perdendo o movimento das pernas. Ranielson chegou ao Centro de Reabilitação de cadeira de rodas e sem esperanças de voltar a andar. Fomos prontamente recebidos pelo médico Diogo Vilar e logo demos início as sessões de fisioterapia diárias. Graças a esse processo ele já está evoluindo muito bem, começou a dar os primeiros passos sozinho, um resultado maravilhoso graças aos profissionais que encontramos no Centro, uma verdadeira rede de apoio, compromissada com a reabilitação da saúde de Ranielson, não poderíamos estar mais gratos”, contou a consultora de vendas e esposa de Ranielson, Micheline Amarante.

Outra história de recuperação para ser celebrada é a da cabeleireira Diraneide Pereira de Andrade, de 53 anos, a primeira paciente do Centro de Reabilitação Pós-Covid, que contraiu a covid-19 em março deste ano e ficou internada no hospital por seis dias. Recuperada da doença, ela enfrentou muitas dificuldades devido ao cansaço e as sequelas a impediram de fazer atividades do cotidiano. Nesta terça-feira, 31, após 3 meses de tratamento no Centro de reabilitação pós-covid da Fundação Pedro Américo, em parceria com a Unifacisa, Diraneide comemora sua plena recuperação.

“Após receber alta da covid-19 eu fiquei com algumas sequelas. Sentia muita fadiga, dificuldade para andar, o menor esforço para caminhar já era o suficiente para me deixar com falta de ar, perdi o equilíbrio e tive que me afastar da minha profissão, já que passava muito tempo em pé. Agora, depois de 3 meses de tratamento aqui no Centro de Reabilitação, eu posso afirmar que tive uma melhora total. Voltei a trabalhar, fazer atividades físicas, minha qualidade de vida mudou. Eu só tenho a agradecer a todos os profissionais que me atenderam, estou muito feliz. Acredito que se não fosse por esse projeto ainda estaria passando por dificuldades, talvez ainda estivesse sem trabalhar, mas graças aos profissionais e toda a estrutura do Centro, hoje tenho uma vida nova”, pontuou Diraneide.

A Fundação Pedro Américo, em parceria com a Unifacisa, deu início em maio deste ano aos atendimentos gratuitamente de pacientes no Centro de Reabilitação Pós-Covid, situado na Clínica Escola da Unifacisa, no bairro do Itararé. O centro tem como objetivo tratar sequelas em pacientes curados da covid-19, melhorando a qualidade de vida de todos.

Ao chegar ao Centro de Reabilitação Pós-Covid os pacientes têm acompanhamento inicial de 12 semanas e depois são monitorados ao longo do tempo para entender como a doença vai se comportar a médio e longo prazo. Tudo feito através de uma equipe multidisciplinar formada por Médicos, Fisioterapeutas, Nutricionistas, Psicólogos e Profissionais da Educação Física, todos voltados com o objetivo de obter uma reabilitação completa e melhor qualidade de vida dos pacientes.

“Quando o paciente chega no Centro é avaliado de forma global por todos os sistemas envolvidos, para que a gente entenda de fato o quão profundas são as sequelas deixadas pela covid-19. Após essa avaliação, é iniciado o tratamento e cada profissional da equipe contribui com a sua expertise para esse tratamento”, pontuou a fisioterapeuta do Centro de Reabilitação, Jéssica leite.

Segundo ela, os relatos dos pacientes têm sido positivos. “Eles estão sentindo realmente a diferença na qualidade de vida, o que nos deixa muito felizes e seguros em relação ao tratamento que estamos oferecendo aqui. É também um ganho humano, profissional e científico, pois aqui também estamos produzindo pesquisas científicas que serão publicadas em breve”, concluiu a fisioterapeuta.

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