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Desembargador anuncia livro sobre morte de Asfora

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publicado em 03/08/2021 às 15h36
atualizado em 03/08/2021 às 17h29

Kubitschek Pinheiro – MaisPB

O desembargador do Tribunal de Justiça da Paraíba, Leandro dos Santos, acaba de concluir o livro “Asfora: Uma Morte, Uma Polêmica” que será lançado virtualmente até o final deste mês e estará em breve nas livrarias.

O livro com selo da Editora Ideia tem 349 páginas, em oito capítulos, traz uma narrativa detalhada sobre o processo criminal, desde a fase do inquérito, até os dois julgamentos pelo Júri Popular de Campina Grande. O prefácio é do professor de literatura, João Trindade. “Convidei professor Trindade, que é uma figura da mais alta expressão literária, uma pessoa que nós admiramos e fez um bonito texto”, disse o autor

O magistrado é autor do livro “História da Comarca de Campina Grande”, lançado em 2013.

Em entrevista ao Portal MaisPB, o magistrado conta mais detalhes da obra, resultado de uma pesquisa de 8 meses.

MaisPB – Como veio a ideia desse livro “Asfora – Uma Morte, Uma Polêmica”?

Leandro dos Santos – A ideia de escrever o livro sobre a história do processo que apurou a morte do grande tribuno e advogado paraibano, também congressista, foi exatamente oportunizar toda a Paraíba e com extensão a todo país, porque ele era uma pessoa conhecida aqui e alhures, oportunizar o conhecimento pleno daquilo foi apurado em relação às duas teses antagônicas: dele ter se suicidado ou assassinado. Esse foi o motivo principal, um processo emblemático, de grande repercussão para sociedade e veio a ideia dessa pesquisa que durou oito meses, toda realizada no ano passado.

MaisPB A narrativa é extraída de todo processo até os dois julgamentos?

Leandro dos Santos – Apesar de ser um processo, eu tive esse cuidado absoluto de fazer a narrativa como num romance lúdico.  A história de Raymundo Asfora, a história da morte dele transcende, a um relatar de um processo. A grandeza de Raymundo Asfora,  é algo tão evidente, tão importante para o cenário paraibano e  nacional, que tive esse cuidado de fazer uma narrativa leve. É aquele livro que chama atenção do leitor logo na primeira página. Dá vontade de ler e terminar  para ter o desfecho, que é o mais importante do livro, que é participar do julgamento. Fiz tudo para não entrar no mérito, não dar minha opinião sobre as duas teses antagônicas. Deixo para o leitor essa decisão e tenho certeza que ao terminar a leitura, ele, o leitor, terá essa segurança ao afirmar: acho que foi suicídios, acho que foi assassinato.

MaisPB  – A morte de Raymundo Asfora  foi um assunto nacional e pelo conteúdo do livro podemos esperar uma boa leitura vista por um jurista?

Leandro dos Santos – Sim, a morte dele teve uma repercussão nacional. Ele era congressista, tinha acabado de ser eleito vice-governador do estado. O conteúdo do livro tem essa importância para uma análise do aspecto jurídico processual.

MaisPB – O senhor conheceu a personagem, chegou alguma vez a conversar com ele?

Leandro dos Santos – Eu conheci Raymundo Afora muito pouco. Quando eu era aluno do curso de Direito assisti uma ou duas palestras dele. Sempre ouvi falar de suas atuações brilhantes no Tribunal do Júri.

MaisPB – Pensa em fazer um lançamento virtual, numa live?

Leandro dos Santos –  Sim. Vamos fazer  ainda neste mês de agosto e vamos divulgar com antecedência. Mas, o mais importante é que no mês de março de 2022, estaremos lançando em Campina Grande, se for possível presencialmente, que marca a data do falecimento do grande tribuno, que em 2022, fará 35 anos da sua morte.

MaisPB – Qual a importância do personagem Raymundo Asfora no contexto de homens inteligentes de nosso Estado?

Leandro dos Santos – De grande importância. Eu penso e é uma opinião pessoal, Raymundo Asfora foi uma personagem, mais que histórica. Seus discursos no Congresso Nacional são referência, são citados. A inteligência de Raymundo foi decantada pelas maiores figuras nacionais como presidentes da república. Era um homem diferenciado em sua inteligência, na sua postura, enquanto cidadão. Era um poeta, um boêmio. Eu faço também menções no livro dessas características de Raymundo Asfora. A Paraíba deve se orgulhar desse personagem, porque ele era realmente um homem incomum.

MaisPB

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