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Agravamento da Covid sobrecarrega hospitais

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publicado em 03/06/2021 às 14h34
atualizado em 03/06/2021 às 12h22

O agravamento da pandemia de Covid-19 também está afetando hospitais que não são referência para tratar pacientes infectados pelo novo coronavírus em João Pessoa.

Um dos exemplos é o Hospital da Polícia Militar General Edson Ramalho, localizado no bairro 13 de Maio, na Capital.

Uma vistoria feita pelo Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) constatou sobrecarga na unidade. O relatório aponta que o hospital está com uma taxa de ocupação geral de 92%. Em alguns setores, porém, o índice ultrapassa 300%.

Mesmo não sendo referência para pacientes com Covid-19, a unidade acaba recebendo pessoas contaminadas. Os que estão estáveis, com boa saturação, são encaminhados para procurar os serviços de referência, como as UPAs.

No entanto, os que estão instáveis, são estabilizados e regulados para os hospitais referência.

“A situação do hospital está muito grave. Há uma quantidade enorme de pacientes de diversas clínicas como cardiologia, nefrologia, oncologia, gastroenterologia. A direção técnica do hospital nos informou que, frequentemente, os médicos plantonistas se deparam com pacientes infartados que não conseguem ser referenciados para os serviços apropriados por falta de vaga e terminam sem realizar as intervenções hemodinâmicas de urgência”, explicou o diretor de fiscalização do CRM-PB, Bruno Leandro de Souza.

Ele também explicou que o hospital, por ser “porta aberta”, ou seja, recebe pacientes no setor de urgência e emergência, acaba atendendo também pessoas com demandas que poderiam ser tratadas em unidades de menor complexidade, como postos de saúde. “Já estamos em diálogo com as gestões estadual e municipal para sugerir que seja criada uma estrutura, mesmo que temporária, para atender melhor estes pacientes. Precisamos observar os problemas e também sugerir soluções. Estamos em um momento grave de saúde pública, em que todos precisam se mobilizar”, completou o diretor do CRM-PB.

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