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Ricardo nega “mesada” e se diz perseguido

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publicado em 13/03/2020 às 12h50
atualizado em 13/03/2020 às 14h00

O ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) tratou, na tarde desta sexta-feira, como “mentiras” as acusações contra ele no âmbito da Operação Calvário, que chegou a prendê-lo em dezembro de 2019. Coutinho está usando tornozeleira eletrônica, por determinação do desembargador Ricardo Vital.

Coutinho se disse perseguido por promotores e colocou em dúvida os depoimentos de delatores, seus ex-secretários de Administração, Livânia Farias, e de Turismo, Ivan Burity. Além de Livânia e Ivan, Maria Laura Caldas e Leandro Nunes, braços operadores de Livânia, e Daniel Gomes, o dono da Cruz Vermelha, confessaram que Coutinho chefiava um esquema de desvios de recursos públicos do contrato da organização social como Estado da Paraíba.

Ele afirmou haver a construção de uma narrativa  dos delatores em troca da liberdade. “Eu não tenho a menor dúvida de que os depoimentos que eu ouvi são induzidos. Porque se não falasse sobre mim não teria liberdade. Como pode tanta acusação sem ter uma prova? As pessoas estão condicionadas a lerem na internet e ter uma certa propensão a crer que seja verdade. É mentira isso”, disse durante entrevista à Rádio Sanhauá.

“Eu quero ver onde recebi mesada de quem quer que seja. Olha o desespero da narrativa. É desespero, quando alguém não tem mais o que dizer e diz uma besteira dessa. Eu tenho 59 anos bem vivido, a minha condição de vida é a mesma de sempre, eu não mudei nada. Meu patrimônio é compatível. Só tenho uma conta bancária, que foi bloqueada”, completou.

Ricardo acusou promotores e uma “rede de blogs” de instrumentalização para tirá-lo da política, insinuou que é retaliado pelas posições políticas a favor de Lula e Dilma e contestou também trecho da denúncia apresentada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) da fabricação de um dossiê que teria o intuito de intimidar os servidores e conselheiros do Tribunal de Contas do Estado.

“Disseram que teria havido uma reunião entre eu e os conselheiros para ter chantagem, essa reunião nunca existiu. Eles trabalham com duas condenações, para ter uma condenação colegiada e para ter a vingança de conselheiros para rejeitar uma conta minha, é uma farsa, é uma mentira isso. Você não pode chegar para tal coisa e dizer isso, cadê a gravação? Não existe gravação porque isso é uma mentira”, atestou.

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