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Eitel trata com cautela lembrança para PGR

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publicado em 12/08/2019 às 10h08
atualizado em 12/08/2019 às 08h38

O ex-candidato a deputado federal pelo Progressistas e ex-subprocurador da República, Eitel Santiago, foi lembrado pelo colega Augusto Aras, também subprocurador-geral – favorito para assumir o comando do Ministério Público Federal (MPF) no lugar da Procuradora Geral da República, Raquel Dodge -, para fazer parte da equipe na PGR, uma vez indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, Aras falou dos seus planos à frente da Procuradoria, caso seja confirmado.

“[Se for indicado] Eu começaria no plano administrativo convidando [para ser secretário-geral] o colega Eitel Santiago de Brito Pereira, que, uma vez aposentado, se candidatou [pelo PP] a deputado federal pela Paraíba e como tal apoiou o candidato Bolsonaro e fez um dos discursos mais inflamados contra o atentado [à faca] que sofreu o presidente”, disse.

Ao MaisPB, Eitel tratou com cautela o assunto, mas admitiu satisfação com a lembrança. “Não tenho muito o que falar sobre isso. É uma mera cogitação. Eu fico contente pela lembrança do meu nome, é um reconhecimento do trabalho que fiz no Ministério Público por trinta e três anos”, afirmou.

Na entrevista à Folha, Augusto Aras fez um aceno a Bolsonaro ao afirmar que estaria disposto a montar uma equipe de perfil conservador se for indicado.

Eitel defendeu o critério do colega:

“Quem não é conservador não respeita a lei, nem a constituição, passa por cima. Nesse aspecto, sou bem conservador. Ele, o próprio Aras, considero um conservador, conheço suas posições no Conselho, sempre se pautou no que diz a Constituição e a lei”, disse.

SUCESSÃO NA PGR

Votação

A ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República) faz a cada dois anos uma eleição para definir quem os membros da categoria mais querem no cargo de procurador-geral da República.

Candidatos

Tradicionalmente pode se candidatar qualquer procurador do Ministério Público Federal. Cada eleitor pode votar em mais de um nome

Lista

Os três candidatos mais votados compõem uma lista tríplice que é enviada ao presidente da República. Por lei, o presidente não precisa aderir à lista, mas essa tem sido a tradição desde 2003.

Além de avaliar os três nomes que foram os mais votados (Mário Bonsaglia, Luiza Frischeisen, Blal Dalloul), Jair Bolsonaro cogita outros de fora da lista (como Augusto Aras) e não descarta a recondução de Raquel Dodge

Sabatina

O escolhido precisa ser aprovado em sabatina do Senado. O mandato é de dois anos

MaisPB

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