João Pessoa, 07 de maio de 2019 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, deputado Adriano Galdino (PSB), deu um puxão de orelha nos deputados de oposição, que estariam antecipando o início das sessões para colocar os desdobramentos da Operação Calvário em destaque. Galdino informou que, a partir desta terça-feira (7), não aceitará que deputados que não fazem parte da Mesa Diretora pautem os debates na Casa.
“Não quero entrar no mérito, não vou abrir o microfone para justificativas. A partir de hoje, o que for determinado pela Mesa, em relação às sessões e audiências públicas, terá que ser integralmente cumprido. Não vou permitir de forma alguma que o que for determinado possa ser modificado por vontade de deputados ou deputados”, disse na abertura da sessão de hoje.
Adriano pediu que a Casa discuta temas relevantes, a exemplo de cortes promovidos pelo Governo Federal na Educação, e cobrou que deputados participem de audiências públicas, como a desta quarta-feira (8) sobre a falésia do Cabo Branco, de autoria do deputado Ricardo Barbosa (PSB).
“O Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) acaba esse ano. Se isso acontecer será um colapso na Educação. Temos um papel importantíssimo. Acabou a educação pública no país. Temos também a audiência pública sobre as falésias do Cabo Branco, feita com a Câmara de João Pessoa, que considero muito importante. Precisamos também discutir os cortes nas universidades federais”, pregou.
Orçamento impositivo
Adriano Galdino voltou a falar sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Orçamento Impositivo, que está em tramitação na Assembleia. O assunto desagrada o governador João Azevêdo (PSB).
Galdino afirmou que só pretende levar a proposta a plenário quando houver um diálogo com o governo.
“Minha posição é de colocar no plenário somente depois que dialogarmos com o governo, quando encontrarmos um consenso, conversando bastante e analisarmos a situação do Estado e a vontade dos deputados”, defendeu.
Ele projeta que, na situação atual, a emenda custaria em torno de 150 milhões ao Governo do Estado, o que considerou um valor impraticável levando em consideração o cenário econômico atual.
A matéria já foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e aguarda o presidente Adriano Galdino instalar uma Comissão Especial.
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Maurílio Júnior – MaisPB
"PÉ DE MEIA" - 03/05/2024