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Ciclone Kenneth

Novo ciclone atingiu Moçambique nesta quinta

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publicado em 26/04/2019 às 09h54

Apenas seis semanas após o ciclone Idai ter devastado parte da costa de Moçambique, o país banhado pelo Oceano Índico é novamente afetado por um fenômeno meteorológico. O ciclone Kenneth atingiu o norte de Moçambique nessa quinta-feira (25) e colocou o país em “alerta vermelho”.

O ciclone Kenneth atingiu o continente africano com rajadas de 270 km/h e ventos máximos contínuos de até 220 km/h, informou o Centro da Junta de Aviso de Tufão (JTWC, um órgão americano de informações meteorológicas), depois de ter passado pelas ilhas Comores, onde três pessoas morreram.

O ciclone tem força equivalente a um furacão de categoria 4 na escala Saffir-Simpson, de acordo com a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês), que acompanha a tempestade. Os especialistas acrescentaram que “esta é a primeira [e mais forte] tempestade com força de furacão” a atingir a região. Ciclones dessa magnitude são raros no local, e não há registros de dois em tão curto espaço de tempo.

Kenneth resultará, nos próximos dez dias, no dobro de chuvas das que foram originadas pelo ciclone Idai, segundo o porta-voz do Programa Mundial de Alimentos da ONU (PMA), Herve Verhoosel. “Estima-se registrar até 600 milímetros de chuvas, o dobro do mesmo período após a passagem do ciclone Idai, no mês passado”, disse Verhoosel.

Informações preliminares indicaram ao menos uma pessoa morta na cidade de Pemba, no norte de Moçambique, devido à queda de um coqueiro pelos fortes ventos. O relato de uma segunda vítima, também na província de Cabo Delgado, não foi confirmado. A falta de energia e dificuldades na comunicação tem dificultado a análise da situação.

Relatos locais apontam para elevados estragos na região, com casas precárias destruídas, levadas pelo vento forte e chuva intensa, e com famílias ao relento no arquipélago das Quirimbas, especialmente na Ilha do Ibo, e ainda nos distritos continentais de Quissanga, Mucojo, junto à costa, e Macomia, um pouco mais para o interior do país.

As Nações Unidas alertaram que, embora o ciclone tenha perdido intensidade, ele continua provocando fortes chuvas, e persiste elevado risco de enchentes e deslizamentos de terra no extremo norte de Moçambique.

Em março, o Idai atingiu Moçambique perto da cidade da Beira, na província de Sofala, e causou centenas de mortes – números oficiais indicam mais de 600, mas estimativas superam as mil vítimas – e deslocou milhares de pessoas. As inundações também levaram a surtos de cólera. O ciclone Idai também atingiu Madagascar, Malawi e Zimbábue. No total, a tempestade matou mais de mil pessoas e afetou mais de 3 milhões.

Agência Brasil

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