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Missas marcam comemoração de Páscoa

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publicado em 21/04/2019 às 09h24
atualizado em 21/04/2019 às 09h49

O domingo de Páscoa é considerado a grande festa para os cristãos por marcar o renascimento de Jesus Cristo. Na catedral de João Pessoa ocorrerão missas ás 9h, 6h, às 11h e às 17h. O significado mais conhecido da Páscoa tem origem nas tradições judaicas, e faz referência e homenagem ao renascimento de Jesus Cristo, mas desde sua origem, o termo foi ganhando novos significados.

“Páscoa vem do hebraico – Pessach – que significa passagem; é a passagem da morte para a vida! Com a ressurreição, Jesus nos mostra que as trevas jamais vencerão e que o amor de Deus sempre triunfará. Nós devemos celebrar a Páscoa com a passagem para uma nova vida, transformada, livre do pecado, dispostos a uma verdadeira conversão. E tudo isso foi proposto e vivenciado durante o Tempo da Quaresma”, comenta o Arcebispo da Paraíba, Dom Manoel Delson.

Origem

O dia da Páscoa foi estabelecido por decreto no Primeiro Concílio de Nicéia, que aconteceu no ano 325. Foi a primeira conferência de bispos ecumênica da Igreja Católica, e nela participaram bispos cristãos, e o Imperador Romano Constantino I. Ficou estipulado então que a celebração da Páscoa aconteceria no primeiro domingo depois da primeira lua cheia da primavera, para o hemisfério norte, e no primeiro domingo depois da primeira lua cheia do outono, para o hemisfério sul, que é o caso do Brasil.

O termo “Páscoa” surgiu da palavra hebraica “pessach”, que significa “passagem”. Para os israelitas mencionados na Bíblia, essa passagem é referente ao fim da escravidão no Egito e o início da libertação do povo, marcada pela travessia do Mar Vermelho, onde Moisés “abriu” o Mar e permitiu a “passagem” de ex-escravos em direção a uma terra prometida. O capítulo 14 do livro Êxodo, na Bíblia, narra a trajetória de Moisés e os israelenses.

As famílias judaicas até hoje se reúnem para o “Sêder”, um jantar especial feito em família ao longo de oito dias, que se recorda a história do Êxodo. Além do jantar, há leituras religiosas nas sinagogas, local de culto da religião judaica.

Novo significado com Jesus Cristo

Contudo, o sentido original da celebração da Páscoa passou a ganhar um novo significado com Jesus Cristo. Atualmente, para os cristãos, a Páscoa significa a ressurreição de Jesus Cristo, passagem da morte, após ser crucificado, para o retorno à vida. O padre Ernando Teixeira explica que a Páscoa “passa a ter um sentindo ampliado, vira passagem da morte para vida, do pecado para a graça. É passagem de conversão para a bondade, para o serviço aos irmãos”, pontuou.

O cristão passou a comemorar a possibilidade de serem livres do pecado, em referência ao que aconteceu com Jesus.  O padre destaca que essa crença é para todas as pessoas, até para aqueles que não creem. “Jesus não morreu para os que creem nele, mas para toda a humanidade”, concluiu.

Páscoa retratada na Bíblia

As referências bíblicas da celebração da primeira Páscoa estão presentes no capítulo 12 do Êxodo. Ainda no Egito, Deus disse a Moisés como deveriam ser as festas, a refeição e os sacrifícios.

O sacrifício seria de um cordeiro. No dia 10 de Abibe (mês judaico equivalente a um período entre março e abril do calendário romano), as famílias escolheriam um cordeiro ou cabrito, que seria abatido no dia 14 do mesmo mês, assado no fogo, e deveria ser comido por completo, junto de pães sem fermento e ervas amargas.

Os judeus também passariam um pouco do sangue do animal abatido nas laterais e na viga superior das portas de entrada de suas casas. O relato pode ser encontrado em Êxodo 12:3-9.

Também está descrito na Bíblia a festa que o povo judeu faria após a Páscoa, no que ficou conhecida na “Festividade dos Pães Não Fermentados”. Durante sete dias, os israelenses se alimentariam apenas de pães sem fermentação, em todas as refeições. Os relatos da Festividade estão descritos em Exôdo 12:18-20.

Principais símbolos da Páscoa

Quando se fala em páscoa, quatro elementos vêm em mente das pessoas. O pão e vinho, os ovos, o cordeiro e o coelho. O pão e vinho foram os alimentos a última ceia de Jesus com seus discípulos. Os ovos simbolizam a ressurreição. O cordeiro foi o alimento indicado por Deus para a refeição da primeira celebração pascoal segundo a bíblia. Para os cristãos, o cordeiro é o próprio Jesus (cordeiro de Deus).

Já o coelho não tem grande aceitação religiosa. Acredita-se que pela sua capacidade de fecundação e reprodução, o coelho tem ganho lugar na mente das pessoas, em uma possível ligação de o “novo nascimento” de Jesus.

Bruno Marinho e Cynthia Silva– MaisPB

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