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Debate aponta acertos de Bolsonaro e Azevêdo

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publicado em 09/04/2019 às 06h41
atualizado em 09/04/2019 às 09h59

Jornalistas e deputados analisaram, na noite desta segunda-feira (8), durante o programa Frente a Frente, na TV Arapuan,  os 100 primeiros dias do governo do presidente da República Jair Bolsonaro (PSL) e do governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB).

Intermediado pelo apresentador Heron Cid, os parlamentares Wilson Filho (PTB) e Walber Virgolino (Patriota) e os profissionais de imprensa Walter Santos, diretor geral do Portal Wscom, e Adelton Alves, apresentador da Rádio de TV Arapuan, apontaram acertos, erros e os que ainda precisa ser feitos pelos dois gestores.

Governo Bolsonaro 

O deputado Walber Virgolino considerou que Bolsonaro trouxe nova mentalidade para Presidência da República. Para ele, a gestão acertou na escolha de alguns ministros e também acerta quando descarta quadros como o ministro da Educação Velez Rodrigues. De acordo com ele, Bolsonaro não deve ser subestimado porque tem coragem de promover as mudanças e deu tempo ao ministro para corrigir erros, que como não conseguiu, foi afastado.

“O ministro da Educação saiu antes de prejudicar o governo. No momento certo foi descartado. Espero que o próximo cumpra as propostas de campanha do presidente.

O petebista Wilson Filho disse entender que 100 dias é pouco tempo pra avaliar um governo. Entretanto, apesar dele ter votado contra Bolsonaro nas eleições, disse que dá para perceber uma “boa intenção do presidente” em acertar na gestão. Para ele, é normal os desacertos em início de gestão.

Como ponto negativo, Wilson apontou despreparo de Bolsonaro para a Presidência e o fato do presidente aceitar opiniões externas na escolha de alguns ministros e não dialogar com os partidos políticos.

“Ninguém nasce para ser presidente. Ele não se preparou para isso. Esse é o problema dele. Não tem como você desenvolver uma atividade quando você não se preparou para algo. É diferente você acordar presidente. Não aceita pitacos de presidentes de partidos, mas aceita do escritor Olavo de Carvalho na escolha no mais importante dos ministérios que é o da Educação”, acrescentou.

Para o jornalista Walter Santos, pesquisas apontam que o governo Bolsonaro tem ficado abaixo da média em aprovação da população se comparada com gestões de ex-presidentes. Ele entende que alguns “trapalhadas” da gestão juntamente com víeis ideológicos e a falta de diálogo com o Congresso tem colaborado para essa rejeição.

“Tem enfrentado uma série de trapalhadas dos ministros tendo desdobramentos e problemas na economia. Quando ele se aproxima dos Estados Unidos e Israel começa a perder a relação com o mundo árabe que é importador de produtos do Brasil”, destacou.

Adelton Alves também considerou “cedo”  para avaliar a gestão, mas também vê que o principal de Bolsonaro tem sido internos e que são provocados pelos próprios membros da Presidência da República.

“É uma figura controvérsia. Acredito que está passando pela passando pela fase de que ser presidente da República é uma responsabilidade muito grande. É um país cheio de problemas. Todas as trapalhadas e erros foram criados por ele próprio, os movimentos que faz. Mas ainda tem tempo para consertar isso que está fazendo”, destacou.

Governo de Azevêdo

Crítico da administração de João Azevêdo, o deputado Walber Virgolino disse que o socialista ainda não se achou na gestão. Para ele, a influência do governo passado, que tinha a frente Ricardo Coutinho, tem atrapalhado a administração.

“Acho que essa história de continuidade atrapalha o governo. Não conseguiu independência e quem comanda prejudica sua administração. Ele deveria tomar a rédias”, explanou.

Entretanto, Wilson Filho afirmou que João Azevêdo tem acertado e, diferente do presidente Jair Bolsonaro, se prepararou para assumir Governo do Estado.

“É um projeto político que sempre percebe que precisa melhorar, um passo a mais a ser dado. Azevêdo nunca imaginava ser governador, mas parece que avisaram porque  e ele passou a vida se preparando. Ele foi secretário há 29 anos, que é a minha idade”, argumentou.

Walter Santos apontou como pontos positivos para a gestão de Azevêdo, o fato dele  pegar um governo equilibrado, mas que fatores como os provocados pela ‘Operação Calvário’, que levou a secretária Livânia Farias a prisão, vai continuar interferindo na gestão.

“Enfrenta uma dificuldade administrativa como o desconforto de ter uma secretária presa. Mas, mesmo assim ele tem feito com que isso não dê vazão para pautas negativas se estabelecer”,  ponderou.

Outro ponto político que também ainda não foi digerido, segundo Santos, é a reeleição antecipada de Adriano Galdino (PSB) para presidir a Assembleia Legislativa, quando o candidato do governo era Hervázio Bezerra (PSB)

Para Adelton  Alves, como, basicamente o governo de João Azevêdo é composto quase em 100% por membros dos governos Ricardo Coutinho não tem como exigir uma ruptura com esse grupo e forma de governar.

“São pessoas de personalidades diferentes. Esperava um pulso forte com Azevêdo, mas parece que isso não é da própria personalidade dele”, disse.

Roberto Targino – MaisPB

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