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INVESTIGAÇÃO

Deputados negam doação ilegal em campanha

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publicado em 22/11/2018 às 10h59
atualizado em 22/11/2018 às 11h46
Sede do Ministério Público Federal na Paraíba

Os deputados paraibanos alvos de investigação do Ministério Público Eleitoral por supostas irregularidades no financiamento das suas campanhas negaram qualquer ilegalidade no processo de disputa pelos cargos.

Procurados pelo Portal MaisPB, os parlamentares contestaram o inquérito. Conforme o MPF, os deputados receberam doações de pessoas que estão desempregadas.

O deputado Trócolli Júnior (Podemos) não negou que tenha recebido a doação de duas pessoas e alegou que existem indivíduos considerados desempregados, mas que têm renda no setor informal. Segundo ele, ainda nesta quinta-feira (22) as pessoas citadas irão procurar o Tribunal Regional Eleitoral para prestar esclarecimentos sobre doação de R$ 800.

Citado na investigação do MPF, o deputado estadual Aníbal Marcolino (Avante) nega qualquer irregularidade. Segundo ele, as únicas doações de sua campanha foram recebidas pelo partido e em caso de alguma inconsistência, o partido deve justificar. “Não tenho nada a ver com isso. Não recebemos dinheiro, apenas santinhos, adesivos. Se alguém recebeu, não fui eu”, alegou.

A vereadora Sandra Marrocos (PSB) afirmou que seu advogado não conseguiu detectar qualquer irregularidade na prestação de contas da campanha, nem localizar doação de pessoas desempregadas. A socialista acredita que a criação de uma ‘vaquinha eletrônica’ pode ser a causa da citação de seu nome na investigação. Segundo ela, a vaquinha não resultou em nenhum recebimento, pois as pessoas não entregaram qualquer valor.

Sandra Marrocos ainda parabenizou o MPF pela ação. “Acho que tem que investigar mesmo, vamos esperar a notificação para ver, de fato, do que estão nos acusando para fazer a defesa, mas não teve nada de irregular na nossa prestação de conta”, reforçou.

Anísio (PT) sustentou que todas as doações foram de acordo com a legislação eleitoral. “Mas de toda forma vamos nos informar junto ao MPF o argumento levantado para abertura do procedimento”, disse.

A assessoria de Lindolfo Pires (Podemos) informou que a campanha fez a contratação com a empresa Odair José da Silva Malharia, que está inscrita no sistema estadual, mas o MPF não reconheceu a inscrição, porque tem uma pendência da empresa junto à Junta Comercial, mas tudo está sendo normalizado.

Agora, os Procedimentos Preparatórios Eleitorais serão encaminhados para a Procuradoria-Geral Eleitoral.  As portarias são assinadas pelos procuradores Rodolfo Alves e Sérgio Rodrigo Pimentel.

MaisPB

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