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Fred conquista treinadores badalados e fecha transferência

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publicado em 06/06/2018 às 15h51
atualizado em 06/06/2018 às 12h55

Tite, Dunga e Rogério Micale convocaram. Pep Guardiola pediu sua contratação. José Mourinho também, e levou a melhor. Estamos falando de Fred, meio-campista cuja convocação para a Copa do Mundo foi uma das mais contestadas, por ter atuado no Shakhtar Donetsk, de pouca visibilidade para o público brasileiro, mas que tem fãs entre alguns dos treinadores mais badalados do mundo.

Neste Mundial, Fred foi escolhido para a terceira competição importante em três anos, e por três treinadores diferentes. Em 2015, Dunga o levou à Copa América – que, inclusive, lhe rendeu uma punição de um ano por doping. Em 2016, Rogério Micale queria tê-lo na Olimpíada, mas não obteve a liberação do Shakhtar.

Em 2018, Tite o selecionou para o maior dos torneios, a Copa do Mundo, e em substituição a Giuliano, uma das exclusões que mais machucaram a comissão técnica.

Além disso, na janela de transferências de janeiro, Pep Guardiola sugeriu sua contratação para o Manchester City, mas o Shakhtar Donetsk recusou a proposta. A equipe estava nas oitavas de final da Champions League e não queria desfalques. Agora, porém, o rival United fechou sua compra por 55 milhões de euros (R$ 240 milhões)

Fred foi convocado pela primeira vez por Dunga, em 2014 (Foto: Rafael Ribeiro / CBF)

Mas por que Fred, um aparente coadjuvante, tem o apreço de tantos técnicos e está frequentemente nas listas mais importantes?

Na seleção brasileira, é pela raridade de suas características. Você possivelmente já ouviu falar em “box-to-box”, expressão em inglês para definir o meio-campista cuja área de atuação é expandida, vai de sua área defensiva, onde participa intensamente do sistema de marcação, até à ofensiva, com apresentações constantes para criar e finalizar.

Na visão da comissão técnica de Tite, poucos jogadores brasileiros conseguem fazer isso com qualidade de jogo. Fred é um dos poucos. Tem força física e boa técnica.– Se eu fosse o técnico também pediria a contratação dele – comentou o treinador da Seleção.

Essa versatilidade é típica de meio-campistas europeus mais modernos, aqueles que fundem aspectos de volantes e meias criativos. Sem comparações de qualidade, mas é o caso de jogadores como o chileno Arturo Vidal, o marfinense Yaya Touré e o francês Pogba.

No Brasil, as categorias de base só agora estão começando a acabar com o volante, que só destrói, e o meia clássico, que não marca. Fred está à frente do tempo, e isso lhe garante oportunidades tão preciosas, embora raras, na Seleção.

No Shakhtar Donetsk, eliminado pela Roma nas oitavas de final da Liga dos Campeões, o jogador atuou como segundo homem de meio-campo no 4-2-3-1, elemento de apoio na criação das jogadas ofensivas junto ao trio formado por compatriotas: Marlos, Bernard e Taison, outro convocado para o Mundial da Rússia.

Na Seleção, Tite o vê como alternativa tanto a Paulinho, numa função de maior infiltração na área do adversário, como à outra posição central do meio, ainda aberta – Renato Augusto, Fernandinho e Coutinho são os candidatos a atuarem por ali.

O desempenho no Shakhtar nesta última temporada e os treinos para os amistosos contra Rússia e Alemanha, no último mês de março, carimbaram a ida de Fred à Copa. E não será surpresa se ele continuar subindo degraus até o fim do torneio.

Globo Esporte

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