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Governo terá 18 ministros e professor antieuro na Itália

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publicado em 01/06/2018 às 10h36
atualizado em 01/06/2018 às 07h37

O governo de forças antissistema e ultranacionalistas na Itália, chefiado pelo professor universitário e advogado Giuseppe Conte, terá 18 ministros, incluindo Paolo Savona, o economista eurocético que havia sido vetado pelo presidente Sergio Mattarella.

O plano inicial do Movimento 5 Estrelas (M5S) e da Liga era colocá-lo no Ministério de Economia e Finanças, mas sua conhecida postura crítica ao euro provocou resistência no chefe de Estado.

Para manter Savona no governo, os dois partidos resolveram alocá-lo no Ministério de Assuntos Europeus, justamente a pasta responsável pelo relacionamento com a União Europeia.

Já a Economia ficou com Giovanni Tria, professor da Universidade de Roma Tor Vergata que é crítico do modelo de integração do euro e da própria UE, mas com um viés mais reformista do que de rompimento com Bruxelas.

Os líderes do M5S, Luigi Di Maio, e da Liga, Matteo Salvini, verdadeiros chefes do governo, dividirão a vice-presidência do Conselho dos Ministros e terão duas pastas de destaque: o primeiro ficará com o Desenvolvimento Econômico e Trabalho, onde poderá implantar sua “renda de cidadania”, e o segundo, com o Interior, responsável pela gestão migratória e por políticas de segurança.

O Ministério das Relações Exteriores será dado a Enzo Moavero Milanesi, chefe da pasta de Assuntos Europeus durante os governos de Mario Monti e Enrico Letta, ambos duramente criticados por M5S e Liga.

O objetivo talvez seja dar uma garantia de europeísmo a Bruxelas e aos mercados, já que Milanesi foi juiz da Corte de Justiça da União Europeia e colaborou com o poder Executivo do bloco.

Acionista de maioria da coalizão, o Movimento 5 Estrelas pegou para si os ministérios de Defesa (Elisabetta Trenta), Justiça (Alfonso Bonafede), Infraestrutura (Danilo Toninelli), Bens Culturais (Alberto Bonisoli) e Saúde (Giulia Grillo).

Além disso, reformulou a pasta de Relações com o Parlamento (Riccardo Fraccaro), acrescentando o termo “Democracia Direta”, uma das bandeiras do M5S, e criou outra: Ministério para o Sul (Barbara Lezzi), principal base eleitoral do partido.

Por sua vez, a Liga ficou com os ministérios de Administração Pública (Giulia Bongiorno), Assuntos Regionais (Erika Stefani), Políticas Agrícolas (Gianmarco Centinaio), Educação (Marco Bussetti) e a nova pasta “para as Famílias e Deficiências” (Lorenzo Fontana).

Além disso, os ultranacionalistas garantiram o estratégico cargo de subsecretário da Presidência do Conselho dos Ministros, com Giancarlo Giorgetti, aliado mais próximo de Salvini. A função é semelhante ao do chefe da Casa Civil no Brasil e coordena toda a burocracia do governo, embora não tenha status de ministro.

O alto escalão de governo, incluindo o premier e o subsecretário, é formado por 15 homens e cinco mulheres.

Notícias ao Minuto

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