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O jornalista Arkady Babchenko, que chegou a chegou a ser dado como morto pela polícia nesta segunda-feira (29), na verdade está vivo, como foi revelado quando apareceu pessoalmente para uma entrevista coletiva nesta terça em Kiev.
O chefe do serviço de segurança ucraniano disse que serviços especiais russos haviam ordenado seu assassinato e, para neutralizar essa operação, optou-se por encenar sua morte.
Babchenko agradeceu às autoridades ucranianas por salvarem sua vida.
O governo da Ucrânia disse que deteve um cidadão ucraniano em conexão com o suposto plano russo para eliminar Babchenko, e que este suspeito teria recebido US$ 40 mil para matar o jornalista dissidente.
O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, disse que estava feliz por Babchenko estar vivo, e que seu caso está sendo usado pela Ucrânia com função de propaganda.
Vasili Gritsak, diretor do Serviço de Segurança da Ucrânia, detalhou que o assassinato anunciado nesta segunda foi uma encenação para proteger Babchenko de um ataque que estava sendo organizado pela Rússia e sobre o qual tinham informações que estava para acontecer.
De acordo com Gritsak, o suspeito dessa operação foi preso e o próprio Babchenko se ofereceu para participar da encenação para neutralizar o ataque.
Nesta segunda, foi noticiado que o jornalista, notório crítico do presidente Vladimir Putin, havia sido morto a tiros. A informação veio da polícia ucraniana.
Babchenko teria morrido na ambulância por conta de ferimentos após sua esposa encontrá-lo coberto de sangue em casa, informou a polícia, acrescentando suspeitar que o assassinato havia sido cometido por conta das atividades profissionais de Babchenko.
Ele é um dos correspondentes de guerra mais conhecidos da Rússia, havia deixado seu país natal temendo por sua vida depois de criticar políticas russas na Ucrânia e na Síria.
Ele denunciou políticos pró-governo na Rússia por comentários nas redes sociais sobre o bombardeio russo na Síria, e pela sua caracterização da Rússia como uma agressora em relação à Ucrânia.
“A primeira versão é sua atividade profissional”, disse o chefe da polícia de Kiev, Andriy Kryshchenko, no canal televiso de notícias “112”, quando perguntado sobre o que a polícia suspeitava estar por trás do que então era dado como um assassinato.
Dois anos atrás, Pavel Sheremet, um jornalista bielorrusso conhecido por suas críticas à liderança de seu país-natal e sua amizade com o líder assassinado da oposição Boris Nemtsov, foi morto em uma explosão de um carro-bomba na região central de Kiev.
EM CABEDELO - 13/05/2024