João Pessoa, 20 de dezembro de 2017 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou nesta quarta-feira (20), em reunião no Conselho de Segurança da ONU, que as armas nucleares estão no topo das preocupações de paz e segurança.
A sessão no Conselho de Segurança abordou desafios contemporâneos complexos para a paz e a segurança internacionais, como a mudança climática, escassez de água, desigualdade social e crimes cibernéticos.
Para o chefe das Nações Unidas, os perigos das armas nucleares tornaram-se novamente uma prioridade. Segundo ele, as tensões são maiores hoje do que no fim da Guerra Fria.
Guterres também citou a mudança climática e a escassez de água como uma preocupação crescente tendo em conta que em meados deste século a demanda pelo recurso aumentará em mais de 40%.
Ele citou ainda que a desigualdade e a exclusão sociais, que alimentam a frustração e a marginalização.
Outros perigos que crescem são os da cibersegurança, onde ganhos em avanços tecnológicos facilitaram que extremistas se comuniquem, espalhem informações distorcidas, recrutem seguidores e explorem pessoas.
Guerras e conflitos
O líder da ONU declarou que, a longo prazo, o número de conflitos armados diminuiu. Entretanto, no Oriente Médio e em partes da África novas guerras surgiram. Em relação à forma como se apresentam os conflitos, ele frisou que estão se tornando mais intratáveis e mais longos e “duram mais de 20 anos em média”.
Guterres comentou que os grupos armados competem para controlar instituições estatais, recursos naturais e territórios. Ele disse que o extremismo e demandas absolutistas deixam pouco espaço para a diplomacia.
“O mundo observa uma multiplicação de facções políticas e grupos armados não estatais havendo centenas deles apenas na Síria”. O chefe da ONU disse haver também um aumento na regionalização e na internacionalização dos conflitos.
Novas abordagens
Guterres destacou que a mudança da natureza dos conflitos requer novas abordagens da ONU. Para ele, a prevenção deve estar no centro de todas as ações.
A prevenção também inclui a diplomacia preventiva esforços para responder prontamente a sinais de tensão e forjar soluções políticas. E a necessidade de unidade por parte do Conselho de Segurança.
Agência Brasil
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