João Pessoa, 29 de agosto de 2017 | --ºC / --ºC Dólar - Euro

ÚltimaHora
Acordo

PGR envia ao Supremo delação de Lúcio Funaro

Comentários: 0
publicado em 29/08/2017 às 17h32
atualizado em 29/08/2017 às 14h36

A Procuradoria Geral da República (PGR) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a delação premiada do doleiro Lúcio Funaro para homologação. O conteúdo da colaboração está sob sigilo. Funaro assinou o acordo com a PGR no último dia 22.

O caso foi remetido ao STF porque o doleiro citou nos depoimentos nomes de pessoas com foro privilegiado, entre as quais, o presidente Michel Temer.

A homologação da delação premiada caberá ao ministro Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo.

Antes disso, juízes auxiliares do ministro ouvirão o delator para confirmar se ele fechou o acordo de livre e espontânea vontade ou se foi pressionado.

A delação de Funaro,se homologada, voltará para análise da PGR, que poderá usar as informações em investigações já em andamento ou pedir a abertura de novos inquéritos.

É possível, também, que os dados fornecidos pelo doleiro sejam usados em uma eventual nova denúncia contra Michel Temer.

A delação de Funaro, assim como a utilização dos depoimentos em procedimentos investigatórios, deverá ser um dos últimos atos de Rodrigo Janot à frente da PGR. O mandato dele termina no próximo dia 17 de setembro. No lugar dele assumirá a subprocuradora Raquel Dodge.

Funaro também fechou acordo de delação em 2013 em um desdobramento do processo do mensalão do PT. O acordo foi assinado em troca de perdão judicial.

No início de julho, ele saiu pela primeira vez do Complexo da Papuda, em Brasília, onde está preso, para passar um período na superintendência da Polícia Federal na capital.

No local, ficou à disposição para prestar depoimentos a delegados e a procuradores em investigações das quais é alvo e, ao mesmo tempo, começou a construir o roteiro da delação, apresentado à Procuradoria Geral da República.

Funaro saiu da PF e voltou para o presídio no último dia 11 de agosto e, nesta segunda (21), dez dias depois, foi transferido de volta para a superintendência da Polícia Federal.

A solicitação do MP foi autorizada pela Justiça Federal de Brasília.

G1

Leia Também

MaisTV

Podcast +Fut: entrevista com treinador do Sousa e início de trabalho de Evaristo Piza

Podcast da Rede Mais - 23/04/2024

Opinião

Paraíba

Brasil

Fama

mais lidas