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VIOLÊNCIA

Carro de ex-vereador morto é encontrado queimado na fronteira com o Paraguai

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publicado em 23/09/2016 às 18h21
atualizado em 23/09/2016 às 15h24

O carro do ex-vereador de Campo Grande, Alceu Bueno, foi encontrado queimado nesta sexta-feira (23), em Ponta Porã, a 326 quilômetros de Campo Grande. Segundo informações da Polícia Civil, a confirmação de que o Land Rover pertencia a Bueno foi feita após perícia, já que pelo chassi não foi possível devido ao estado que o veículo estava.

O corpo de Bueno foi encontrado carbonizado na manhã de quinta-feira (22), na capital sul-mato-grossense. O ex-vereador estava desaparecido desde às 22h (de MS) de quarta-feira (21).

Conforme a a Polícia Civil, já havia indícios de que o veículo havia sido levado para a região de fronteira com o Paraguai, sendo encontrado na tarde desta sexta-feira.

Morte
O corpo de Alceu Bueno estava junto a uma vegetação, em uma rua sem asfalto.Pessoas que passavam pelo local encontraram o cadáver e acionaram o serviço de emergência.

Junto ao corpo foram encontrados o aparelho celular de Bueno e a carteira dele com o distintivo, reconhecida pela família. Os objetos e ainda uma placa no braço colocada quando sofreu uma acidente de moto foram fundamentais para a identificação.

A polícia diz ter pistas dos dois suspeitos de terem matado e queimado o corpo. A polícia analisa imagens gravadas por câmeras de segurança de um condomínio. Elas registraram o momento em que o carro de Alceu Bueno chegou ao local onde o corpo foi carbonizado. O vídeo ainda mostra o momento em que os criminosos atearam fogo.

Renúncia
Alceu Bueno renunciou ao cargo de vereador depois de ser acusado por exploração sexual.

Além de Bueno, também são suspeitos do crime de exploração sexual o ex-vereador na capital sul-mato-grossense Robson Martins, o ex-deputado estadual em Mato Grosso do Sul, Sérgio Assis (sem partido), o empresário Luciano Pageu e o comerciante Fabiano Viana Otero.

Martins, Pageu e Otero, também são suspeitos de extorsão contra Bueno. Os três estão presos e somente o último confessa envolvimento. Os demais negam participação, assim como o vereador renunciado.

Caso
Martins e Pageu foram presos no dia 16, em flagrante, quando recebiam dinheiro de Bueno. A defesa deles diz que eles apenas ajudavam o político a se livrar da extorsão.

O delegado Paulo Sérgio Lauretto, titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), que investiga o caso, disse que depois de encontrar com as meninas em locais públicos, os políticos seguiam com elas para motéis. As meninas gravavam os encontros em câmeras escondidas em chaveiros.

As cópias das gravações foram entregues ao Ministério Público do Estado (MPE). O relatório final do inquérito será entregue para que a promotoria decida se vai apresentar a denúncia à Justiça.

Três meninas de 15 anos estariam envolvidas com os políticos. Duas teriam saído com eles. Pelos relatos de Otero à polícia, foi verificado que elas cobravam cerca de R$ 600 por encontro.

O início
Segundo o delegado, Otero revelou ainda em depoimento que ele e Pageu teriam criado um perfil ‘fake’ no facebook, com fotos sensuais de uma das adolescentes. Políticos então teriam começado a enviar convites de amizade e a manter contato.

Ainda conforme a oitiva, Otero e o empresário Luciano Pageu estavam tentando verificar se o negócio daria certo. A partir daí, eles marcariam encontros e enviariam convites para outros políticos. A defesa de Fabiano Otero tenta delação premiada.

G1

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