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SÃO PAULO

Marta diz que vai tratar dependentes químicos em parceria com religiões

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publicado em 20/09/2016 às 14h18
atualizado em 20/09/2016 às 11h19

A candidata à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy (PMDB), foi entrevistada ao vivo nesta terça-feira (20) pelo G1. Marta disse que vai instalar grades nas marginais Tietê e Pinheiros para impedir que pessoas invadam e atravessem as pistas e vai aumentar a velocidade máxima para 90 km/h (pista expressa), 70 km/h (central) e 50 km/h (local).

Marta disse ainda que vai buscar parceria com entidades religiosas para ajudar no tratamento de dependentes químicos.  “Não sou pessoa que acha que religião é cura para tudo. Eu vi. É acreditar em algo. Religiões fazem a pessoa acreditar em algo.”

Mais cedo, Marta deu entrevista ao SPTV. Veja como foi.

Marta disse que vai acabar com os radares “pegadinha” de São Paulo que, segundo ela, seria metade dos radares. Segundo a prefeitura, São Paulo tem 925 pontos de fiscalização. “São pegadinhas, escondidos, não tem sinalização e estão para fazer caixa. Temos que ter campanhas muito forte de educação. Indústria de multa e pegadinha, não.

No primeiro bloco, a candidata respondeu a perguntas enviadas por internautas. Perguntada sobre a mudança na velocidade nas marginais, Marta disse: “Velocidade vai voltar como era antes. São Paulo é uma cidade nervosa, dinãmica. Toda via expressa tem velocidade maior que outras vias. É feita para isso.”

“Prefeito (Fernando Haddad) associa a diminuição da velocidade à diminuição da mortalidade. Não vou contestar. Outras cidades têm soluções diferentes. Porto Alegre, Belo Horizonte e Campinas. Fiscalização de bebidas foi importante. O uso de celular, bebida e buraco causam acidentes nas vias expressas. Essas cidades focaram nas bebidas, fizeram fiscalização à noite e tiveram enorme sucesso.”

“Vamos fazer fiscalização disso, colocar grades nas marginais”, disse. “Temos 8 mil pessoas na favela, as pessoas cruzam. Se tem carro parado tem engarrafamento, cruzamento de pessoas, casinha de cachorro que as pessoas param (para comprar).”

Médicos epancadões
Marta afirmou que vai contratar 2 mil médicos, sendo 800 para o programa Saúde da Família. E disse ainda que vai investir na contratação de enfermeiros e outros profissionais de saúde. “È dinheiro bem gasto, porque é de prevenção. Vai custar R$ 337 milhões, cabe no orçamento da Prefeitura”, garantiu.

Sobre os pancadões e bailes funks, Marta disse não vai permitir pancadões onde incomoda os moradores, mas criar alternativas, principalmente para bairros mais afastados que não têm opções de lazer. Por que existe o pancadão? É uma região que não existe nada para fazer”,  disse a candidata, que quer promover shows de talentos nos Centros Educacionais Unificados. “Na região da Rua Monte Alegre, onde fica a PUC (em Perdizes, Zona Oeste), tem lazer, não tem que ter pancadão.”

Alianças
No segundo bloco, Marta respondeu a perguntas elaboradas pelo G1. Perguntada sobre a aliança com antigos adversários políticos, como o ex-prefeito Gilberto Kassab e Andrea Matarazzo, seu candidato a vice-prefeito, Marta disse: “A população não entende ver aquela xingação na Câmara e no Senado e em seguida estão todos juntos tomando cafezinho. Faz parte da política. Matarazzo foi um crítico acirrado, agora estamos nos dando bem.”

Marta também falou sobre a ideia de voltar a inspeção veicular em São Paulo. A candidata diz que seu projeto é fazer uma inspeção gratuita e opcional, dando desconto.

‘Nome ridículo’

Marta explicou a ideia de criar um “subprefeito da noite e do entretenimento”. “Esse nome é ridículo. Veio da parceria do com o Andrea Matarazzo. Esqueci de mandar mudar o nome”, comentou. “Você tem uma pessoa que não é nomeada. Vai fazer rodízio na subprefeitura para fazer plantão. Vai cuidar de conflitos. Tem incêndios. É importante tem alguém disponível. Um funcionário vai fazer a cada 15 dias um plantão na subprefeitura.”

No terceiro bloco, a candidata respondeu a mais perguntas de internautas.

Marta disse que o programa Braços Abertos, para dependentes químicos usuários de drogas, não deu certo. “O problema é quando vai para a rua e quando volta. O que tira a pessoa da dependência química é a esperítualidade, de qualquer religião. A possibilidade de ser vista como ser humano uma pessoa que está destroçada”, afirmou.

G1

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