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PF cumpre mandados da 33ª fase da Lava Jato e mira Queiroz Galvão

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publicado em 02/08/2016 às 08h13
Foto ilustrativa (internet)

Policiais federais estão nas ruas desde a madrugada desta terça-feira (2) para cumprir 32 mandados judiciais referentes à 33ª fase da Operação Lava Jato em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Goiás, Pernambuco e Minas Gerais. A ação foi batizada de “Resta Um” e mira a construtora Queiroz Galvão.

O ex-presidente da Queiroz Galvão Ildefonso Colares Filho e o ex-diretor Othon Zanoide de Moraes Filho foram presos preventivamente. O mandado de prisão temporária é contra um investigado que está no exterior, mas o nome ainda não foi divulgado. Quatro equipes da PF estão no estaleiro da Queiroz Galvão no Rio Grande do Sul.

Um dos mandados de condução coercitiva foi cumprido contra Marcos Pereira Reis.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), a construtora formou, com outras empresas, o chamado cartel de empreiteiras, investigado por fraudar licitações da Petrobras. O cartel maximizou os lucros das empresas privadas e gerou prejuízos bilionários para a estatal.

As investigações apontam que executivos da Queiroz Galvão pagaram valores indevidos em favor de funcionários das diretorias de Serviços e de Abastecimento da Petrobras com valores de propina em torno de R$ 10 mi.

As obras investigadas englobam contratos em complexos petroquímicos no Rio de Janeiro, na Refinaria Abreu e Lima, Refinaria Vale do Paraíba, Refinaria Landulpho Alves e Refinaria Duque de Caxias.

Existem indícios de que milhões de dólares em propinas foram transferidos em operações feitas por meio de contas secretas no exterior, conforme o MPF. Os pagamentos teriam sido feitos tanto pela Queiroz Galvão quanto pelo consórcio Quip.

“A hipótese tem por base depoimentos de colaboradores e comprovantes de repasses milionários feitos pelo trust Quadris, vinculado ao Quip, para diversas contas, favorecendo funcionários da Petrobras”, segundo o MPF.

Ao todo, foram expedidos  32 mandados judiciais, sendo um de prisão temporária, dois de prisão preventiva, seis de condução coercitiva, que é quando a pessoa é levada para prestar depoimento, e 23 de busca e apreensão.

G1

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