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Cabo Branco

“Vaidade de RC acelerou queda da barreira”, diz vereador

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publicado em 21/06/2016 às 12h03
atualizado em 21/06/2016 às 11h59

“A vaidade de Ricardo Coutinho destruiu um importante patrimônio ambiental de João Pessoa e o Ministério Público sabe disso”. As declarações são do vereador, Marcos Vinícius (PSDB), que lembrou na manhã desta terça-feira (21) entrevista recente do promotor, José Farias, onde o representante do Ministério Público culpou o peso da estação ciência e o zoneamento do Altiplano Cabo Branco como maiores responsáveis pela degradação ambiental no local.

De fato, no dia 31 de maio deste ano, Farias concedeu entrevista a rádio CBN, onde afirmou que: “A gente sabe que tem um prefeito que, pela vaidade pessoal e para promoção pessoal, fez um grande equipamento, um pesadíssimo equipamento, em cima de uma falésia”. E completou: “A gente está vendo o resultado. Tá apressando o desmoronamento da falésia do Cabo Branco”. Mais adiante o promotor reiterou: “A Estação Ciência é fruto da vaidade pessoal de um governante,…, porque todos os técnicos diziam que ali não era o local adequado para aquele tipo de equipamento”.

Farias disse ainda que setembro do ano passado um técnico, em relatório tornado público na Assembleia Legislativa, um laudo reconhece que 70% a 80% da pressão sobre a barreira do Cabo Branco vem da drenagem do Altiplano. “Ou seja, ele diz que se fizer a drenagem do Altiplano Cabo Branco, nós diminuiremos em até 80% o impacto sobre a barreira”. O promotor ainda explicou: “A gente pode verificar que a barreira cai de cima para baixo. Não é solapando o sopé da barreira não! É de cima pra baixo. A menor culpa é do mar. A estação Ciência fez um tanque e este tanque está apressando o desmoronamento da barreira”, justificou.

O promotor disse ainda que por decreto, Ricardo mudou o zoneamento do bairro do altiplano, o que acabou sendo devastador para a barreira: “O Cabo Branco era uma área de baixo adensamento humano,…, mas a administração municipal, através de decreto mudou isto. Tudo isso muda em 2005, então aumenta a carga, o peso em cima da falésia, a falésia não aguenta”.

Para Marcos, a própria mudança do zoneamento no Altiplano, feita por decreto, foi ilegal: “Esta decisão teria que passar pela Câmara e baseado nisso ingressamos à época com duas ações populares, uma no MP Estadual e outra no MPF”.

“A demora de 14 meses da SUDEMA para emitir licenças ambientais que permitiriam o início dos trabalhos de recuperação da barreira é lamentável! O governador pode até não gostar do prefeito, que é um homem trabalhador e sério, mas não pode transferir este ódio para cidade”, arrematou Marcos.

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