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Marcha das Putas’ denuncia violência de gênero em Jerusalém

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publicado em 13/05/2016 às 18h09

Cerca de 300 mulheres, algumas vestindo apenas roupas íntimas, participaram nesta sexta-feira (13) da “marcha das putas” nas ruas de Jerusalém para denunciar a violência machista.

As manifestantes desfilaram atrás de um grande cartaz, com os dizeres em hebraico “a marcha das Charmutot”, palavra árabe que se tornou sinônimo israelense para “putas” na gíria israelense. Algumas das participantes lembraram em cartazes que este ano 27 mulheres foram mortas vítimas da violência de gênero.

As organizadoras da passeata desta sexta-feira pediram a ajuda da Associação de Direitos Civis de Israel para assegurar que a polícia não proibisse o desfile, disse Yaron Kelner, porta-voz desta ONG.

Segundo mulheres da marcha das putas, polícia israelense impôs restrições ao protesto deste ano (Foto: GALI TIBBON / AFP)

A polícia tinha exigido este ano que nenhuma manifestante desfilasse com os seios de fora, informaram os organizadores. Algumas decidiram, por isso, sair com sutiãs, outras com cintas-liga e meias arrastão.

“A polícia autorizou a marcha. Mas nos impôs muitas restrições”, explicou Tamar Ben David, uma das organizadoras.

Ao contrário da hedonista Tel-Aviv, considerada uma das cidades mais liberais do mundo,Jerusalém é conservadora, com uma população majoritária de crentes e praticantes, sejam judeus ortodoxos, muçulmanos ou cristãos.

Em março de 2015, uma jovem morreu e outras seis ficaram feridas quando um judeu ultraortodoxo atacou os participantes da marcha do Orgulho Gay em Jerusalém.

Mulheres israelenses marcham nesta sexta-feira (13) em Jerusalém para denunciar a violência de gênero (Foto: GALI TIBBON / AFP)

G1

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