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Cássio condena postura de Ricardo e elenca crimes de Dilma

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publicado em 10/05/2016 às 10h13
atualizado em 10/05/2016 às 07h42

Durante uma hora de entrevista, o senador Cássio Cunha Lima, líder do PSDB no Senado, respondeu a questionamentos do jornalista Heron Cid, no programa Frente a Frente, da TV Arapuan. Numa conversa dominada pela pauta nacional, Cássio lamentou o que chamou de estratégia do governador Ricardo Coutinho para deixar de responder aos problemas do Estado.

“Ao invés de debater soluções, o governador desvia o debate dos problemas para a desqualificação pessoal. Faço a crítica sem o bate boca com ele. As coisas não se resolvem só no embate político”, registrou Cássio, renovando apelo para o restabelecimento de parceria do Estado com a AACD, de Campina Grande, instituição que atende a cerca de 600 crianças portadoras de necessidades especiais.

“Esse debate já foi com Nonato Bandeira, Zé Maranhão, Luciano Cartaxo, Manoel Júnior, Cícero Lucena. Ele só escolhe alguém da vez para estabelecer o confronto político”, assinalou, citando personagens que já teriam sido alvo da estratégia da desqualificação estabelecida por Ricardo.

“Dilma quebrou o Brasil”
Na conversa, Cássio reiterou posição de que a presidente Dilma Roussef cometeu crimes de responsabilidade fiscal com operações ilegais de cerca de R$ 56 bilhões, entre empréstimos a bancos oficiais e edição de decretos sem a autorização do legislativo. “Para pagar o Bolsa Família foi apenas R$ 1 bilhão”, distinguiu, acrescentando que a maior parte dos recursos foi para empréstimos a empresas “apaniguadas” do governo.

“Os delitos continuados caracterizam essa organização criminosa”, sustentou, asseverando que um dos maiores crimes da presidente foram as mentiras praticadas na campanha. Ele citou o caso do seguro defeso: “De R$ 600 milhões em 2013, para 2 bilhões em 2014 e em 2015 os pescadores não receberam nada”.

“Dilma quebrou o Brasil. O Brasil andou para trás vinte anos. É um crime grave que não pode passar impune. Se aparelhou o Estado para um projeto político eterno a custa do trabalhador. Ninguém aguenta mais um governo corrupto e sujo até o gogó e que presta um péssimo serviço ao Brasil”, engrossou Cássio, contextualizando os prejuízos para a economia do Brasil. “O PT não quer largar o osso”, emendou.

Chantagem e terrorismo

Para o líder tucano no Senado, o PSDB nunca teve a menor dificuldade de reconhecer os avanços sociais (Bolsa Família) da Era PT. Ele atribuiu a estratégia do “nós contra eles” ao Governo e lembrou da contribuição pela estabilidade econômica no período FHC. “Fernando Henrique Cardoso tirou o pais do cadastro negativo”, cravou.

Cássio alertou para os perigos do aprofundamento da crise. “Se não tivermos cuidado, poderemos virar uma Argentina”, reafirmando a disposição do PSDB de colaborar com eventual Governo Michel Temer (PMDB): “Nós temos que salvar o Brasil”.

O senador refutou o discurso protagonizado pelo PT de riscos da continuidade de programas sociais. Ele previu que o PT se enfraquecerá ao perder a estrutura de cargos e ver se esvaziar as tentativas de amedrontamento da população. “As pessoas vão perceber que esses programas não pertencem a um governo, mas ao Estado. Eles fazem um discurso de forma desleal”, frisou.

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