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Dilma decide ir aos EUA e Temer assumirá Presidência

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publicado em 20/04/2016 às 06h21
atualizado em 20/04/2016 às 06h39

Em meio ao processo de impeachment, a presidente Dilma Rousseff decidiu viajar nesta quinta-feira a Nova York, onde participará da cerimônia de alto nível de assinatura do Acordo de Paris sobre Mudança do Clima, na Organização das Nações Unidas (ONU). Dilma só deverá voltar a Brasília no domingo, véspera da instalação no Senado da comissão que analisará seu afastamento. Durante sua ausência, o vice Michel Temer, a quem Dilma tem se referido como “conspirador” e “traidor”, assume o cargo. Conforme antecipou o colunista Lauro Jardim em seu blog, Dilma aproveitará a viagem aos Estados Unidos para denunciar, no exterior, o que chama de “golpe”.

Nesta terça-feira, a presidente concedeu entrevista a correspondentes internacionais no Palácio do Planalto e voltou a criticar Temer e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por manobras “golpistas”. Ela atacou o PMDB e outros partidos de oposição por sondarem nomes para um futuro Ministério Temer e citou a existência de uma “conspiração” desse grupo para chegar ao poder.

A estratégia de Dilma de falar à imprensa estrangeira foi decidida segunda-feira, quando ela deu entrevista para jornalistas brasileiros, para os quais disse se sentir injustiçada com o resultado da votação da Câmara, que aprovou a abertura do processo de impeachment.

No mesmo dia, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência enviou e-mail para todos os correspondentes estrangeiros registrados no Brasil. Estiveram na entrevista coletiva 26 veículos internacionais. Na avaliação do governo, a imprensa estrangeira estaria dando maior espaço aos argumentos de defesa da presidente.

Na entrevista de terça-feira, Dilma disse que o Brasil tem um “veio golpista adormecido”. Aos correspondentes, listou casos da História para reforçar o argumento:

— Se acompanharmos a trajetória dos presidentes no meu país, no regime presidencialista, a partir de Getúlio Vargas, vamos ver que o impeachment, sistematicamente, se tornou um instrumento contra os presidentes eleitos. Tenho certeza de que não houve um único presidente depois da redemocratização do país que não tenha tido processos de impedimento no Congresso Nacional. Todos tiveram. Todos — afirmou, sem citar, porém, os processos movidos contra os ex-presidentes Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso, liderados pelo PT.

G1

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