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Babá que decapitou menina teve problemas psíquicos, diz pai

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publicado em 03/03/2016 às 08h39
Gulchekhra Bobokulova foi presa na Rússia por decapitar criança diz ter obedecido a Alá (Foto: Maxim Shemetov/Reuters)

A babá detida em Moscou após matar uma menina de quatro anos e decapitá-la “por ordem de Alá” já sofreu problemas psíquicos, afirmou seu pai nesta quinta-feira (2).

Goulchekhra Bobokoulova, de 38 anos e proveniente de Uzbequistão, divorciada e mãe de três filhos, foi internada em um hospital psiquiátrico em 2002, disse seu pai Bakhredtdine Turayev em uma entrevista publicada pelo site de informação Gazeta.ru.

 “Começou a dizer coisas estranhas, ouvia vozes, parou de obedecer, se tornou agressiva”, contou Turayev.”Tentava acalmá-la, mas ela só repetia: ‘Tenho medo, papai!’. Nós a levamos a um hospital. Permaneceu ali por 13 dias”, acrescentou.

Depois de sua permanência no hospital psiquiátrico regional de Samarkand, uma cidade do sudoeste do Uzbequistão, voltou para casa e precisou tomar medicamentos durante um longo período, disse seu pai.

“Depois voltou a ser normal”, disse Turayev, de 62 anos.

Gulchekhra Bobokulova foi detida na segunda-feira passada pela polícia perto de uma estação de metrô no noroeste de Moscou quando perambulava com a cabeça de uma menina de quatro anos, dizendo que era terrorista.

“Isso é o que Alá me ordenou”, declarou a mulher na quarta-feira ao comparecer diante de um juiz.

Depois de depor, o juiz ordenou sua detenção preventiva até 29 de abril acusada de ter assassinado a menina de quatro anos e de tê-la decapitado por uma razão desconhecida.

Durante a audiência, Gulchekhra fez declarações incoerentes.

“Alá enviará um segundo profeta para trazer notícias da paz, olá a todos”, declarou.

“Tenho fome, vou morrer em uma semana, é o fim do mundo, me proibiram de comer, olá a todos”, disse, saudando a imprensa.

A mulher foi submetida a exames psiquiátricos e não se exclui que no momento do crime estivesse sob “a influência de psicotrópicos ou drogas”, indicaram os investigadores.

MaisPB

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