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ADOÇÃO GAY

Uso de Jesus Cristo em campanha cria polêmica em Portugal

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publicado em 26/02/2016 às 11h41
atualizado em 26/02/2016 às 08h44

“Jesus também tinha dois pais”, se pode ler no cartaz, que inclui a data de 10 de fevereiro, dia em que o parlamento português aprovou esta nova legislação.

A campanha é do Bloco de Esquerda, o terceiro grupo parlamentar com mais deputados no plenário (19 das 230 cadeiras).

O partido é, junto com o Partido Comunista e Os Verdes, aliado do atual governo socialista, e teve um papel fundamental na sua chegada ao poder.

Todos eles votaram a favor da legalização da adoção por casais homossexuais, embora a legislação ainda deva ser promulgada pelo chefe do Estado, o conservador Aníbal Cavaco Silva.

O presidente português – que deixa o cargo no próximo dia 9 de março, após dois mandatos – usou seu poder de veto e devolveu ao parlamento em primeira instância a lei, por considerar que ainda precisa ser comprovado que ela “promova o bem-estar dos menores, cujos interesses devem prevalecer” sobre outras questões.

No entanto, depois de a legislação ser novamente aprovada pela maioria dos deputados, Cavaco Silva não terá outra opção além de sancioná-la, já que a Constituição portuguesa permite o “veto absoluto” somente para leis aprovadas diretamente pelo governo, mas não pela câmara.

O cartaz com a imagem de Jesus Cristo é só um dos desenhados para esta campanha, que deverá ser divulgado em áreas públicas de várias cidades lusas.

O Bloco de Esquerda explicou que também haverá outros cartazes com a palavra “Igualdade” acompanhada de imagens de diferentes tipos de família.

Em declarações publicadas pelo “Diário de Notícias”, a deputada deste partido, Sandra Cunha, descartou que a campanha busque provocar polêmica ou “confrontar a Igreja”, e lembrou que o lema “Jesus tinha dois pais” já foi usado em outras iniciativas semelhantes no mundo.

No entanto um porta-voz oficial da Conferência Episcopal portuguesa já qualificou o cartaz de “confronto para os fiés” e considerou que seu conteúdo representa “uma analogia sem sentido”.

G1

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