João Pessoa, 02 de fevereiro de 2016 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Um homem queimou sua mulher com água fervendo no Marrocos porque ela se negou a autorizá-lo a se casar com uma segunda mulher, permissão que a lei marroquina exige para que um homem possa pôr em prática a poligamia, informou nesta terça-feira (2) o jornal “Ahdaz al Magrebiya”.
O caso de violência aconteceu no fim de semana em uma aldeia da província de Sidi Slimane, a cerca de 100 quilômetros da capital do Marrocos, Rabat.
A mulher, internada em um hospital com queimaduras severas, contou ao jornal que seu marido, com quem está casada há 30 anos, jogou água fervendo em seu rosto e a espancou.
A razão foi que ela se negou várias vezes a dar a permissão para ele se casar com uma nova esposa, uma mulher com quem ele já tinha uma relação e com quem foi surpreendido em flagrante adultério, crime passível de prisão no Marrocos.
O marido esteve a ponto de ser julgado então, mas o julgamento não aconteceu porque a esposa retirou a denúncia por causa da pressão de familiares, explicou.
A polícia real tomou o depoimento da mulher no hospital.
A poligamia é permitida no Marrocos, mas só em casos excepcionais: um homem precisa da permissão expressa da primeira esposa para desposar uma nova, e isto transformou o fenômeno em quase residual. Somente em 0,26% dos casamentos realizados no país.
G1
"PÉ DE MEIA" - 03/05/2024