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ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

Documento aponta que Estado Islâmico está construindo governo

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publicado em 07/12/2015 às 09h08

Um documento interno do grupo Estado Islâmico obtido pelo jornal britânico “The Guardian” aponta que os jihadistas têm planos definidos para criar um Estado completo nov Iraque e na Síria, com departamentos de governo, tesouro e um programa econômico para autossuficiência.

O documento de 24 páginas estabelece um modelo para relações com estrangeiros, uma operação completa de propaganda e um controle centralizado sobre o petróleo, o gás e outras partes vitais da economia local.

O manual foi escrito no ano passado e intitulado “Princípios na administração do Estado Islâmico”, segundo o Guardian. O texto estabelece as aspirações dos terroristas e a forma como eles conseguiram se destacar como o grupo jihadista mais rico e desestabilizador dos últimos 50 anos.

Segundo o jornal, o texto, junto com outros documentos, mostra que o grupo, apesar de ser baseado em um princípio de violência brutal, também tem preocupações como saúde, educação, comércio, comunicações e empregos – necessários para a construção de um Estado.

O documento foi escrito entre julho e outubro de 2014, após Abu Bakr al-Bagdadi, o misterioso líder do grupo, ter anunciado o “califado islâmico”.

Ele detalha como o Estado Islâmico vai construir campos de treinamento separados para tropas regulares e veteranos – estes devem participar de cursos de reciclagem de duas semanas anualmente para serem instruídos sobre as mais recentes tecnologias militares.

O documento também revela que o grupo sempre teve a intenção de treinar crianças para a guerra. As crianças receberão “treinamento para usar armas leves” e “indivíduos de destaque” serão selecionados para tarefas específicas, incluindo patrulhas.

O texto foi objetivo pelo jornal por meio de um executivo que tem contato com o Estado Islâmico via Aymenn al-Tamimi, um pesquisador acadêmico que trabalha compilando os documentos do grupo disponíveis para o público.

Por razões de segurança, o nome do executivo não foi divulgado – mas o jornal revelou que ele vazou 30 documentos no total, incluindo um relatório financeiro de uma das maiores províncias do Estado Islâmico.

G1

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