João Pessoa, 25 de novembro de 2015 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O pai foi o maior líder comunista que o Brasil já pariu, coletando êxitos e fracassos em uma atuação pública –ainda que em alguns momentos clandestina– que se estendeu por sete décadas, consolidando-o como um dos brasileiros com maior projeção internacional no século 20.
A filha, fruto de uma incendiária relação com a agente comunista alemã Olga Benario, nasceu em um campo de concentração nazista e só foi conhecer o pai aos nove anos.
Mais tarde, se tornariam praticamente inseparáveis, construindo uma relação (ela seria também sua secretária por 32 anos) que só terminou com a morte dele, em 1990.
Historiadora por formação e aspirante a revolucionária comunista no século passado, por herança familiar, Anita Leocadia Prestes, 78, lança, nesta quarta-feira (25), na sede da Associação Paraibana de Imprensa (API), o livro “Luiz Carlos Prestes – Um Comunista Brasileiro” (ed. Boitempo), livro em que trabalhou por mais de três décadas e que classifica como uma “biografia política”.
Evitando destrinchar detalhes da vida pessoal de Prestes, alguns deles espinhosos para a própria autora, como a ruidosa relação com a segunda e última mulher do pai, Maria do Carmo Ribeiro, Anita refaz a trajetória do personagem com uma inegável admiração que enfatiza a imagem mitológica do Prestes herói, embora também não o poupe de críticas.
“Mesmo quem não gosta dele reconhece que ele foi uma das lideranças mais importantes do século 20. Não dá para negar isso”, afirma.
MaisPB
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