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Arquiteta que desapareceu no Recife estava grávida e sumiu para ter filha

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publicado em 22/09/2015 às 11h50

A arquiteta Núria Babyane, de 30 anos, que estava desaparecida desde o dia 14 de setembro e foi encontrada no dia 21, havia fugido para ter uma filha, disse a delegada Gleide Ângelo. Nenhum colega de trabalho ou parente sabia da gravidez. A jovem de Mato Grosso mora no Recife há cinco anos. Os detalhes sobre o caso foram divulgados nesta terça-feira (22).

Gleide contou que Núria sabia que estava grávida, mas não chegou a fazer o acompanhamento pré-natal e achou que estava com cinco a seis meses de gestação. Porém a criança nasceu no tempo certo — de parto normal, com 47 cm e 2,350 kg — na segunda-feira (14). A jovem precisou ficar internada por uma semana devido a uma infecção. Mãe e filha tiveram alta na segunda-feira seguinte (21) e passam bem.

A história começou a ser esclarecida quando Gleide recebeu uma informação pelo Disque Denuncia de que uma pessoa de mesmo nome estaria internada no Hospital Barão de Lucena, da rede estadual de saúde. Quando a delegada chegou no hospital, a jovem tinha acabado de ter alta mas a história foi confirmada pelo prontuário. Por meio da Justiça ela chegou ao Conselho Tutelar, que colocou a polícia em contato com a arquiteta.

À Polícia, Núria Babyane não quis falar sobre a gravidez. “Basta eu saber que não houve crime”, disse Gleide Ângelo, justificando o fato de não ter entrado em detalhes sobre a gravidez. Segundo ela, ninguém será indiciado e o inquérito pode ser concluído assim que a moça prestar depoimento. Abalada, ela teve apenas uma conversa inicial com a polícia quando foi encontrada. A delegada perguntou se Núria foi vítima de abuso ou sofreu algum tipo de pressão, mas ela disse apenas que não querer falar sobre o assunto.

O desaparecimento de Núria foi registrado por dois colegas de escritório. Os arquitetos contaram que ela saiu do trabalho por volta das 8h40 do dia 14 de setembro, sem dizer aonde ia, levando apenas objetos pessoais. A polícia foi na casa dela e encontrou tudo no lugar, inclusive um cachorro de estimação.

A polícia chegou a acreditar que o desaparecimento estaria ligado a algum crime. A delegada Gleide Ângelo chegou a verificar o computador da arquiteta e anunciou que ia pedir imagens das câmeras de segurança dos locais por onde ela podia ter passado, além de pedir a quebra do sigilo bancário para verificar alguma possível movimentação.

A jovem morava sozinha, no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste da cidade. O desaparecimento também foi registrado na polícia mato-grossense, já que a família dela continua morando no estado.

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