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Cinegrafista de TV húngara chuta e passa rasteira em imigrantes

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publicado em 09/09/2015 às 11h47

A cinegrafista que chocou o mundo com suas atitudes agressivas contra refugiados sírios tentando atravessar a fronteira da Hungria com a Sérvia se transformou também em um símbolo da crescente intolerância no país da Europa Oriental. Veja o vídeo.

Identificada como Petra Lazlo, ela trabalhava para o canal N1TV na cobertura dos enfrentamentos entre refugiados e a polícia na cidade húngara de Roszke na terça-feira. Foi flagrada colocando o pé na frente de um homem que tentava escapar de um policial, derrubando-o.

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Nem mesmo o fato de que o homem carregava um criança em seu colo deteve Lazlo, mais tarde flagrada chutando uma menina.

Ainda ontem veio à tona que a cinegrafista tem ligações com o partido de extrema-direita Jobbik, fundado em 2003 e que atualmente é a terceira maior legenda no Parlamento Húngaro.

Lazlo, por sinal, foi demitida pela N1TV e pode ser condenada a até cinco anos de prisão pela agressão.

Mas a postura intolerante não é exclusividade do Jobbik. O premiê húngaro, Viktor Orban, tem sido alvo de críticas pelo discurso inflamado contra a entrada de imigrantes estrangeiros e por ordenar a construção de uma cerca ao longo da fronteira com a Sérvia para tentar conter o fluxo de migrantes e refugiados que tentam atravessar a Hungria para chegar à Áustria e a Alemanha.

Mais de 160 mil migrantes ou refugiados entraram na Hungria em 2015, segundo autoridades do país.

Orban é líder do Fidesz, partido de tendência nacionalista e conservadora. Recentemente, ele criticou os planos da União Europeia de criar cotas de recebimento de refugiados para países do bloco. E disse estar defendendo “interesses cristãos contra o fluxo de muçulmanos chegando à Europa”.

Uma recente enquete revelou que 46% dos húngaros são contra a entrada de imigrantes no país, um índice que triplicou em 20 anos.

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