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DA TAILÂNDIA

Anderson Silva admite doping, mas por produto contaminado

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publicado em 13/08/2015 às 18h01
atualizado em 13/08/2015 às 15h04

Anderson Silva assumiu o uso de doping para a luta contra Nick Diaz, no UFC 183. A defesa do brasileiro, no entanto, afirmou que isso aconteceu porque um dos suplementos utilizados pelo lutador estava contaminado. Ele explicou, mais exatamente, que tomou um medicamento para melhora de desempenho sexual dado por um amigo que trouxe da Tailândia.

Questionado pela Comissão sobre o motivo de ter ingerido um suplemento para aumentar a performance sexual, Anderson Silva se mostrou incomodado. “Primeiro, é um assunto pessoal meu. Não tenho que falar para ele porque eu tomei isso”, afirmou o lutador, que completou dizendo que não quis ir ao médico pedir prescrição para esse tipo de medicamento.

De acordo com Anderson Silva, o suplemento teria sido dado por um amigo dele, que mora na Tailândia e se chama Marcos Fernandes. Segundo o lutador, os dois se conheceram há cerca de um ano, quando Fernandes veio para o Brasil junto com um dos treinadores do ex-campeão.

Anderson Silva afirmou que o medicamento foi utilizado por ele cerca de três meses antes de sua luta contra Nick Diaz. A última vez que foi ingerido, segundo o lutador, foi em uma data próxima de 8 de janeiro de 2015, quando ele viajou para Los Angeles, nos Estados Unidos, para encerrar sua preparação para o combate.

De maneira independente, Anderson Silva fez um teste dos suplementos no laboratório “Quest”, o mesmo utilizado pelo UFC. Nessa amostra, foi identificado um suplemento contaminado. Ele, no entanto, não foi apresentado pelo procurador geral de Nevada, apesar do pedido da defesa do lutador brasileiro.

Diretor de relacionamento do laboratório em que Anderson Silva fez o teste independente, Paul Scott disse ter recebido uma lista com todos os suplementos ingeridos pelo lutador. Entre eles, estava o utilizado para aumentar a performance sexual, que estaria contaminado com drostanolona, um esteroide anabolizante.

Em sua fala, a defesa de Anderson Silva negou que ele tenha feito uso de esteroides anabolizantes, como uma das amostras apontou. No entanto, afirmou que se o fez, foi sem ter ciência do que estava ingerindo. Além disso, o brasileiro não contestou o teste realizado em 9 de janeiro, que apontou o uso de ansiolíticos. De acordo com a defesa do lutador, ele usou a substância na noite anterior da luta por causa de ansiedade e insônia.

“Ele estava utilizando diariamente um dos suplementos. Um desses estava contaminado com esteroides. Mas com drostanolona, não com metabolismo de drostanolona”, afirmou o advogado de Anderson Silva, Michael Alonso.

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