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“Ninguém está acima da lei”, diz Cássio ao rebater Dilma Rousseff

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publicado em 10/07/2015 às 06h49
atualizado em 10/07/2015 às 04h11
Senador Cássio Cunha Lima, do PSDB

“Ninguém está acima da lei. Em uma República, a lei serve para o mais humilde trabalhador rural até a presidente da República, Dilma Rousseff. Não há ninguém que esteja imune à investigação e tampouco blindado de investigação”.

 Foi assim que o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), respondeu às críticas feitas pela presidente Dilma Roussseff, nesta quinta-feira (09), em Ufá, na Rússia, de que a oposição é “golpista”.  O senador disse que o governo tenta desviar a atenção dos reais problemas do país, como a corrupção, os juros altos e o excesso de gastos públicos, utilizando o discurso do golpe.

 “O governo tenta fazer o desvio dos reais problemas do Brasil com esse discurso insustentável, fictício, de que nós da oposição brasileira queremos pregar o golpe. Nós não estamos pregando o golpe, porque o golpe já foi dado. O golpe foi dado pela presidente Dilma Rousseff, do PT, quando enganou o povo brasileiro, quando mentiu à nação. O golpe já foi dado com uma verdadeira quadrilha, aparelhando o estado brasileiro e roubando esta nação todos os dias”, afirmou Cássio.

 Todos são iguais

 Cássio disse que o PSDB tem pedido, em nome do povo brasileiro, que as investigações que estão em curso contra  a presidente Dilma Rousseff no Tribunal Superior Eleitoral, no Tribunal de Contas da União e no Ministério Público Federal tenham sequência.

 “Se ela for culpada, que ela responda pelos seus atos; se ela não for culpada, as instituições vão dizer que ela não tem responsabilidade por aquilo. Se o mandato da presidente for cassado será possível encontrar a melhor saída para a concertação de que o país precisa, que é a realização de novas eleições, mas sempre em respeito à Constituição e às regras democráticas”, lembrou.

 Trabalhador paga a conta

O líder comentou que o governo continua a adotar medidas que prejudicam o trabalhador brasileiro.

 “O trabalhador tem que pagar uma conta que não é sua. As pessoas trabalham, suam a camisa, contribuem para a Previdência, se aposentam, por exemplo, com um teto de dez salários mínimos, e com pouco tempo, o que eram dez salários mínimos viram oito, viram sete, viram seis, viram cinco, viram quatro, dois, um, porque não havia uma política clara nesse sentido. Não foram os aposentados, não foram os trabalhadores, não foram os empresários, os servidores públicos que empurraram o Brasil para a crise recessiva que o país vive. Não foi nossa sociedade que aparelhou o Estado brasileiro para absorver um projeto político e fazer, desse projeto político, algo que não tem limites”, lamentou.

 ‘A banalização do uso da palavra golpe’

 Cássio Cunha Lima leu, na tribuna, o editorial “A banalização do uso da palavra golpe”, publicado nesta quinta (09), no jornal O Globo. Para ele, o editorial fortalece o raciocínio do PSDB.

 “Em nenhum momento houve prejulgamento de ninguém. O que nós defendemos é uma investigação séria, célere e transparente sobre um conjunto de desmandos. A presidente da República não responde apenas perante o Tribunal Superior Eleitoral; ela não está apenas sendo questionada no Tribunal de Contas da União. Ela também responde a representações que foram encaminhadas à Procuradoria Geral da República, num conjunto de esclarecimentos que ela tem a obrigação de prestar à sociedade brasileira”, destacou.

 MaisPB

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