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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

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publicado em 23/03/2015 às 08h50
atualizado em 24/03/2015 às 09h11

Do universo eleito pela oposição, há deputados qualificados e com conteúdo a contribuir com o desempenho da bancada na Assembleia Legislativa. Em que pese as qualidades individuais, no conjunto da ópera a oposição na Casa ainda parece meio atabalhoada no enfrentamento com o governo.

De certa forma, é até natural. O rescaldo das urnas ainda está muito recente e o comportamento meio zonzo é normal. A derrota na luta pelo comando do Poder também pesou psicológica e corporativamente no grupo. O controle do Legislativo dava fôlego à oposição no embate com Ricardo e espaços internos para subsistência.

Sem mel e nem cabaça, o bloco oposicionista tenta se encontrar. Não tem sido nada fácil. No plenário, via de regra, a força e maioria do governo têm prevalecido e os opositores terminam as votações quase sempre comendo poeira e amargando derrotas. O inverso de tempos bem recentes.

Vamos dar um desconto. Parte do grupo é novata e ainda se ambienta na Casa. Aos poucos, vão conhecendo os meandros, labirintos e as manhas do jogo. Os mais experientes, automaticamente, se recolheram um pouco, ressabiados com o saldo das urnas e a necessidade de um mergulho temporário.

No geral, a oposição carece de encontrar o veio certo para estrear com contundência suficiente para render assunto, manchete e atrair os olhares da sociedade. E aí me parece que está o problema: há dificuldade de encontrar um mote novo para sair da presumida crítica a falta de diálogo do governador, da crítica a terceirização da saúde e ao atraso da convocação de concursados.

Talvez, os oposicionistas devessem se apegar a tema em voga e suscitado pela própria bancada governista: a crise hídrica no Estado. O que, na prática, o governo paraibano está fazendo pelo setor? Essa pergunta tem força para suscitar uma plataforma pertinente e com chances de polarizar o debate.

O fato é que a oposição precisa estar viva, porque isso faz bem a democracia e a sobrevivência estratégica dela própria. E não custa lembrar: Ricardo venceu, mas há do outro lado quase metade dos paraibanos que esperam se sentirem representados no contraponto à gestão que aí está.

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Um projeto, já protocolado na Assembleia, promete atrair as atenções e holofotes na Casa esta semana. Mexe com uma lei de autoria de um famoso ex-deputado.

PINGO QUENTE

“Tô fora! Eu já dei minha contribuição”.

Do ex-senador Cícero Lucena (PSDB), para quem lhe pergunta por candidatura futuras a cargos eletivos na Paraíba.

*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba

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