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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Voto aberto

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publicado em 19/03/2015 às 09h50

Em tempos de transparência, não há mais como o Parlamento desconhecer a voz das ruas clamando por posturas abertas, sólidas e claras como a luz do sol. O novo momento social e político do Brasil não coaduna com o manto do voto secreto nas votações de decisões que atingem diretamente a vida do cidadão.

O parlamentar não precisa do recurso do sigilo para se proteger. Eleito pela vontade popular, ele deve estar preparado para assumir suas escolhas, sem medos e receios. Posturas públicas precisam ser encaradas, defendidas, argumentadas, sem subterfúgios e sem máscaras.

O voto secreto, portanto, não serve mais à quadra de mudanças e avanços em processo. Qualquer argumento em contrário, como a necessidade de garantir a blindagem parlamentar à influência, poder e até retaliação externa, é menor do que o direito do contribuinte acompanhar e saber como seu representante se posiciona.

Dessa nova realidade não se pode fugir, mas esse debate não pode descer ao casuísmo. O mérito do voto aberto não pode se perder por motivações de cunho eminentemente político, como parece ser o caso dos ventos que empurram parte dos nossos deputados estaduais a lutar pela derrubada do voto secreto.

Pelo o que se acompanha da discussão, a inspiração está muito mais atrelada a uma estratégia política governista do que mesmo à instauração de um modelo arejado e antenado com as aspirações de uma coletividade cada vez mais cônscia dos seus direitos e mais rigorosa com seus homens públicos.

Pela forma como a discussão está sendo encaminhada e conduzida entre os parlamentares, a extinção do voto secreto exala mero mecanismo desejado pelo governo para o controle absoluto de uma bancada que costuma surpreender, aqui e acolá, em plenário. Uma coisa precisa ficar bem clara: o voto aberto, desejado pela população, deve atender a sociedade. Não ao sistema ‘Big Brother’ do governo.

Fogo…

“É uma questão dogmática. O voto só é livre quando é secreto”. Tese do deputado Renato Gadelha (PSC) sobre a discussão em curso no plenário da Assembleia.

Cruzado

“Deputado tem que ter coragem para assumir seus compromissos”. Do deputado Anísio Maia (PT), autor em 2013 de emenda com previsão da votação aberta na Casa.

Objetivos do Milênio

Secretária-executiva do Movimento ‘Nós Podemos Paraíba’, Beatriz Ribeiro ciceroneou ontem o embaixador da ONU, Jorge Chediek, presente à Feira de Boas Práticas. Jorge elogio o trabalho feito na Paraíba. “É uma grande responsabilidade. Serve de motivação para melhoria da qualidade de vida da população”, retribuiu Beatriz.

Operação

Como tentativa de conter a saída do PP do bloco, o líder do PSDB, Dinaldinho Wanderley indicou ontem a deputada Daniella Ribeiro para a Comissão de Orçamento.

Vazia

O deputado João Gonçalves (PSD), autor do pedido, fala, mas não consegue apresentar um fato determinante que justifique e embase a tal CPI da Telefonia. Soa a bravata.

Óbvio

Citar problemas de sinal das operadoras e seus péssimos serviços não consiste em nenhuma novidade. Ou seja, a CPI vai investigar o que todo mundo já sabe?

Rala

Para merecer uma Comissão de Inquérito, se faria necessário fato determinante e contundente, tipo indícios de fraudes e cobranças indevidas. Falta substância, até aqui.

Tapete

A presença hoje da ministra Ideli Salvatti, em Campina Grande, revela como avança o ambiente para aproximar o prefeito Romero Rodrigues (PSDB) do governo Dilma.

Antena…

Articuladores do prefeito Luciano Cartaxo começam a perceber os movimentos, ora sutis, ora hostis, de setores do PSB, partido, em tese, aliado da gestão municipal.

…Ligada

Como jabuti não sobe em árvore, interpretam cada crítica contundente ou ataque desferido por socialistas como tarefa delegada com um objetivo: o desgaste do prefeito.

 

Se me levam…

Nome sugerido em assembléia dos agentes penitenciários do Rio Grande do Norte, em alerta com rebeliões, o ex-secretário Válber Virgolino não se fez de rogado.

…Eu vou

Deu sinal que não se assombra se chamado para tentar reverter o quadro de desordem no sistema penitenciário potiguar. “Se a gente ajeitou aqui, porque não ajeita lá?”.

Coincidência

“Foi em 2014, ano da eleição do irmão do prefeito, que a folha mais aumentou”, cutucou o vereador Raoni Mendes (PDT), questionando os gastos da Prefeitura.

PINGO QUENTE

“Ele agora é um cavaleiro apocalíptico”.

Do líder do governo na Câmara da Capital, Marco Antônio (PPS), para quem Raoni “atira pra todo lado” contra a gestão municipal.

*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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