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Ana Karla Lucena  é bacharela em Direito pela Universidade Estadual da Paraíba. Servidora Pública no Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba. Mãe. Mulher. Observadora da vida.

Feliz Páscoa

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publicado em 25/03/2024 às 07h00
atualizado em 24/03/2024 às 14h56

Quarta-feira, 5 de abril de 2023. Um criminoso invade uma creche em Blumenau, Santa Catarina e ataca crianças. Quatro morrem e mais cinco ficam feridas. As vítimas tinham entre 4 e 7 anos. Em entrevista, os pais dos que se foram, aos prantos, lamentam a perda incomensurável e agradecem pelo tempo que viveram perto de seus anjinhos. É quase impossível acreditar no quão bárbaro foi o acontecimento. Chega a ser difícil tentar imaginar o que os familiares das vítimas podem estar sentindo, pois é difícil sequer cogitar a possibilidade de passarmos  por algo parecido.

Estamos doentes, minha gente! A humanidade está respirando por tubos, lutando pela vida, em uma unidade de terapia intensiva. Estamos morrendo dia a dia, mas não só fisicamente. Para os que ainda conseguem sentir os sintomas, talvez ainda reste alguma esperança.

À memória, me vem o sentido das comemorações que envolvem o feriado desta semana. Dias em que nos recolhemos para lembrar os ensinamentos sobre a morte de um mestre que veio à terra pregando cura e perdão. Em seu discurso carregado de esperança, existia o mapa que poderia levar a humanidade de volta ao ponto de partida, sem as manchas que nos macularam. Para ganhar o mapa e começar a seguir o caminho, bastava aceitar o perdão que estava sendo oferecido através do sacrifício do cordeiro, propagá-lo e reproduzi-lo em nosso modo de viver.

Parece injusto que alguém como um criminoso que intenta contra a vida de crianças inocentes tenha o direito de estar no rol dos que mereçam perdão. Soa ultrajante ouvir que somos iguais a ele na capacidade de cometer atrocidades. Mas é verdade! O sacrifício não foi feito para alguns, foi por todos! O perdão, este sentimento, ou atitude, ou presente, é algo acessível a qualquer um de nós e precisamos aprender com o mestre a disponibiliza-lo a qualquer um que tenha nos ferido.

Se um dia entendermos a extensão do poder do perdão, o quanto é melhor dar do que receber e conseguirmos perdoar como fomos perdoados, talvez a humanidade consiga voltar a respirar! Feliz Páscoa sacrificial para nós!

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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