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Advogado pós-graduado em Direito Público Municipal e em Direito e Processo Civil. Pós-graduando em Direito Eleitoral. Atua na assessoria e consultoria de municípios e câmaras municipais.

Clima: onde iremos chegar?

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publicado em 11/12/2023 às 17h41
atualizado em 11/12/2023 às 15h57

O mundo inteiro está reunido em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, para discutir ações de enfrentamento as mudanças do clima. Os episódios climáticos ocorridos principalmente em 2023, tem preocupado as autoridades ambientais.

Já é praticamente certo que 2023 será o ano mais quente já registrado. A média global de temperaturas do ar no mês de novembro foi 0,4°C mais alta que o recorde anterior de outubro de 2019, conforme dados do serviço de mudanças climáticas da União Europeia.

Especialistas apontam que impulsionado pelas emissões de carbono e pelo evento climático El Niño, o mundo teve um dia com temperatura média global 2°C acima da era pré-industrial. Algo preocupante.

Por consequência das altas temperaturas, tivemos outro recorde, neste caso, no Brasil. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) registrou recordes no consumo de energia no País, e alcançou a demanda instantânea histórica de carga do Sistema Interligado Nacional (SIN) de 101,475 gigawatts (GW). Com isso, foi necessário acionar mais usinas termelétricas – altamente poluentes – para atender a demanda.

Veja-se. Tivemos altas temperaturas, que consequentemente aumentou o consumo de energia – o uso de equipamentos para refrigeração é uma das causas – e, nossas usinas hidrelétricas – que são menos poluentes – não suportavam a demanda, sendo necessário acionar mais usinas termelétricas, que aumentam as emissões de gases de efeito estufa, ou seja, é quase uma bola de neve, e já não se tem saídas para frear as mudanças climáticas, pois um problema arrasta o outro.

O uso dos combustíveis fósseis é responsável por cerca de 60% do efeito-estufa, é o principal poluidor. A saída proposta em Dubai, que busca fechar um acordo para a “eliminação” progressiva dos combustíveis fósseis, não vinga, pois os produtores planejam dobrar a extração até 2030. É algo natural, por exemplo, o aumento da demanda por carvão, petróleo e gás é diário, então, como se vai reduzir o seu consumo?

A consequência disso já está visível. Forte calor, chuvas e inundações que cada vez mais têm afetado e colocado em risco a vida de muitos, além do aumento do nível do mar, que ameaça algumas regiões costeiras.

Não precisamos mais esperar o futuro, o clima já está mudando.

MaisPB

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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