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Jornalista paraibano, sertanejo que migrou para a capital em 1975. Começou a carreira  no final da década de 70 escrevendo no Jornal O Norte, depois O Momento e Correio da Paraíba. Trabalha da redação de comunicação do TJPB e mantém uma coluna aos domingos no jornal A União. Vive cercado de livros, filmes e discos. É casado com a chef Francis Córdula e pai de Vítor. E-mail: [email protected]

Numa nem noutra hipótese

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publicado em 30/05/2023 às 07h00
atualizado em 30/05/2023 às 07h57

Não vejo mais pessoas com mochilas. Acho que os destinos se mandaram, só não estão nos riachinhos bifurcados do consonantal Guimarães Rosa. Isso tenho certeza.

Aliás, recomendo que não abandonem o hábito da leitura porque quando a tempestade solar vier não haverá mais energia elétrica e nem Internet.

Na previsível tradição, nada acontece, só golpes. Tudo pode ser inóspito na correnteza dos confins. Eu não ponho defeito nas pessoas, elas já vem assim de casa.

Em seu livro “Antes de nascer o mundo”, Mia Couto (foto) nos coloca diante de personagens que se encontram aquém de qualquer compreensão do desígnio a que estão sujeitos. Nois, avós e zés.

Cada vez mais espaços são ocupados por cabeças vazias ou golpistas.

As estradas e vidas em transe não chegam  perdo das cartas de Tarot do filme sensacional “Trago Seu Amor de Volta”, de Bertrand Lira. Longe, bem longe, estão os que ainda tiram leite de pedra.

Na timeline um permanente estado de retardo. As falas messiânicas são dos problematizadores anônimos.

Todo mundo quer um selfie para conferir a foto errada numa condição de títere ou de clichê ambulante. É onda, viu? Cuidado com os nudes.

No próprio Instagram oferecem seguidores comprados e são muitos os que compram (em JP) e uma ruma de doutores querendo ensinar sobre engajamento, conteúdo, além de curtidas até o disparar de seguidores, que pulam para milhares, mas é tudo mentira.

Cuidado que as câmaras estão filmando. O cara tem seis mil seguidores e do dia pra noite passa de 30 mil. Eu prefiro Riobaldo, um parente meu.

À noite, os influenciadores digitais postam cabecinhas em movimento, imitando as lagartixas de Manuel Bandeira.  É hilariante. Só querem ser o Abelardo Jurema, que pena, o show de bola é dele e ninguém toma.

Aliás, o andamento de Antas de nascer o mundo é marcado por uma circularidade obsedante, o preço do confinamento, a tapa da na cara e os dentes todos bem brancos, que chamam de porcelanas. Sorriso com dentões metem medo no inimigo  Hermógenes.

Alô Mia Couto, aqui quem fala é o Sr.0 K, veja como transplantar aos façanhosos à clicheria Brasil do mais ingrato fantástico país do pau oco. E aquela colunista “influenza” que usa e abusa do Cashmere Bouquet parcelado sem juros? Que onda!

Kapetadas

1 – Dona, as suas tretas estão aparecendo.

2 – Linda é da bunda da Alessandra Negrini.

3 – E aquela “influenza” colunista? Cansou de atirar e hoje é uma ex pingarda.

4 – Som na caixa: “Que onda, que onda, que onda, que dá, que bunda
que bunda”, Caetano Veloso

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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