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Jornalista paraibano, sertanejo que migrou para a capital em 1975. Começou a carreira  no final da década de 70 escrevendo no Jornal O Norte, depois O Momento e Correio da Paraíba. Trabalha da redação de comunicação do TJPB e mantém uma coluna aos domingos no jornal A União. Vive cercado de livros, filmes e discos. É casado com a chef Francis Córdula e pai de Vítor. E-mail: [email protected]

Kapetadas/retrô2022

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publicado em 27/12/2022 às 07h00
atualizado em 27/12/2022 às 05h30

Bom dia Alexa, manda a visita ir embora.

Não me deram fones de ouvido e eu vou ficando mouco, ouvindo o que não quero: repetições, reclamações, coisas de mãe.

Pra distrair, eu gostaria de tomar Dom Perignon todos os dias, sair no meu carro a cem por hora e só voltar no dia seguinte, mas no dia seguinte, não tem volta.

Antes do fim vejam o filme “Tár” dirigido por Todd Field com a bela Cate Blanchett. Aliás, o que faz a vida feliz são os spoilers, jamais os stories.

Vamos seguindo nessa viscosidade que ganha corpo e se transmuda em espuma e se desmancha ar. Ou encaixa ou se manda. Chega de dar ponto sem nó. Dá no couro, é bem melhor

Como seria voltar para o útero e se negar a viver nesse mundo cruel, como fez o bebê do filme “Bardo, Falsa Crônica de Algumas Verdades”. Nada prova nada, porque existe várias formas de não dizer nada.

O povo é um inventa histórias permanentes, sabe até quem está doente, muito doente e morre antes de morrer. Faca e queijo na mão, porque santo de casa não faz milagre. Nunca fez.

Como eu queria não ver mais gente que reclama de barriga cheia, comendo carne com ouro de tolo.

Quem tem opinião fixa sobre tudo, é doido – sobrecoxa, sobrecu etc. Salpicão é uma comida engraçada né? É nada, panetone é uma coisa tão ruim que 97% das pessoas nunca compram pra si mesmas.

Uma foice pra cortar cabeças? Não, a foice é dos comunistas, cruz, credo. Estamos todos no mesmo quiosque. Não estamos mesmo.

Um dia de cão e estrelas cadentes mas falta paz, justiça social escambau.

Sozinho ainda mato com estalo de dedos os que não usam fones de ouvido e escutam bobagens bem alto no celular.

Os corpos nus e anticorpos ameaçados. Oremos por todos e todos por nenhum.

Em breve, prometo, continuarei tentando uma canção no chuveiro, era de aquário e as cabeças cortadas.

Será que eu aceito ser ministro das Minas Sem Energia?

Tem palavra mais feia do que “confras”? Até 2023!

Kapetadas

1 – Alexa, feliz ano velho.
2 – Perco o amigo, mas não perco a argumentação lógica por vezes aristotélica de viés junguiano.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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