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Debates com os candidatos ao governo/PB

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publicado em 31/07/2022 às 08h20

Em uma campanha eleitoral todas as emissoras de comunicação, especialmente as TVs (salvo raras exceções), programam a realização de debates com candidato(a)s a cargos majoritários, neste ano, no caso estadual,  a governador(a). E esta programação dá-se porque tais emissoras veem, nessa realização, não só uma forma de mais contribuírem com a população a ela proporcionando mais uma oportunidade de avaliar o que pensa cada candidato(a) e quais suas propostas governamentais, mas, também, como um recurso para aumentar ou sustentar seus índices de audiência.

Entretanto, pelo que manifestam alguns produtores desses programas de debates, seus objetivos em parte frustram-se porque “são muitos os candidatos… e exatamente os de menor densidade eleitoral são os primeiros a confirmarem participação, inibindo os com maior indicação de vitória”.

Dizem mais: “Os de menor densidade eleitoral têm, pelas próprias normas democráticas, os mesmos espaços de tempo que os demais… e eles, os de menor densidade eleitoral, são os mais pré-dispostos para até falarem sobre ´o inusitado´ ou ´o inconveniente´, fatos que os de maior potencial eleitoral procuram evitar, daí serem mais ´escorregadios´ pra dizerem-se presentes nos debates”.

Estes aspectos ponderados por alguns produtores desses programas de debates instigam-nos a questionar:

– a) Por que não se faz uma reavaliação das normas de candidatura aos mandatos eletivos?!… b) É racional não haver condicionamentos para o registro de candidaturas, além daqueles de ter cidadania brasileira, o de idade e de filiação partidária?!…  c) Se exigível que a candidatura a governador só  fosse permitida por quem tenha vivenciado a experiência de prefeito, por exemplo, não proporcionaria aos/às eleitores/as uma melhor “vitrine” de como já tenham atuado os/as candidatos/as?!… d) Similar raciocínio em relação a candidato/a a presidente da República, ao/à mesmo/a exigindo a experiência de governador(a), não seria melhor para a avaliação do eleitorado de um Brasilzão de 27 unidades federativas?!…

Somos conscientes de que “toda regra tem exceção”. Conhecemos quem já foi senador e desempenhou excelentemente sua missão sem que antes tenha tido qualquer experiência legislativa. Sabemos existir governador com desempenho satisfatório sem nunca ter sido prefeito. Mas, como já explicitado, isto “é exceção”.

Alguns dados, a mais, sobre esta provocação: a) A candidata ao cargo de governador da Paraíba, Adjany Simplício, em que pese toda sua capacidade profissional e de ativismo político, na eleição de 2020, para vereadora de João Pessoa, só obteve 461 votos!… Como, passados apenas 2 anos, já consiga obter uma votação que leve seu nome pelo menos a um 2º turno da eleição para governador?!.. b) O candidato a governador, Major Fábio, quando candidato a deputado federal em 2018, só obteve 4.429 votos. Como, passados estes 4 anos, ter acontecido fatos tão transformadores que o faça obter, agora em 2022, votação que também leve seu nome pelo menos a um 2º turno da eleição de governador?!…

Temos um amigo (amigo tipo irmão) que, sem nunca antes ter se candidatado a cargo eletivo algum, decidiu-se ser candidato a deputado federal. Ao mesmo ponderamos se não seria mais prudente aguardar 2024 pra candidatar-se a vereador da cidade que ele vive e ama, que é João Pessoa. Preferiu não responder, deixando evidente que espera ser eleito deputado federal por levantar a bandeira bolsonarista. Pós 2 de outubro, divulgado o resultado, vamos, juntos, conferir.

Você, leitor(a), que acha sobre uma reforma no sistema eleitoral para colocar alguns condicionamentos às candidaturas, sobretudo as pra mandatos ditos majoritários, além daqueles de ser brasileiro, de idade e de estar filiado a uma sigla partidária?!…

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