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Antônio Colaço Martins Filho é chanceler do Centro Universitário Fametro – UNIFAMETRO (CE). Diretor Executivo de Ensino do Centro Universitário UNIESP (PB). Doutor em Ciências Jurídicas Gerais pela Universidade do Minho – UMINHO (Portugal), Mestre em Ciências Jurídico-Filosóficas pela Faculdade de Direito da Universidade do Porto (Portugal), Graduado em Direito pela Universidade Federal do Ceará. Autor das obras: “Da Comissão Nacional da Verdade: incidências epistemiológicas”; “Direitos Sociais: uma década de justiciabilidade no STF”. E-mail: [email protected]

O K, AMIGO

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publicado em 06/09/2021 às 15h21
atualizado em 08/09/2021 às 07h24

Na semana da independência, ouso me associar às inúmeras homenagens prestadas ao aniversariante do dia 7 de setembro, o jornalista Kubitschek Pinheiro. Kubitschek, Kubi ou, simplesmente, K, é um arguto observador, um sofisticado voyeur, de caneta febril e estilo joyceano.

K vertebra sua coluna com cotidiano, música, cinema e poesia. Imagino-o a urdir seus textos sob o asfalto litorâneo de João Pessoa, em reflexões que dão luz, cor e dignidade à polis e seus habitantes.

Suas crônicas descortinam o cotidiano da capital paraibana, num encadeamento vertiginoso de imagens, sentimentos, confissões e memórias. Seu teclado erige monumentos à cidade mais agradável do Brasil. K nunca se mostra com “cara de ontem”.

Em seu kubismo, Kubitschek pinta retratos tridimensionais da cidade e de seus anônimos personagens. Sua prosa passeia por nossa amada “Jampa”, como Leopold Bloom palmilha as ruas de Dublin.

O que era paisagem, vira cenário, que remete a uma música ou a um filme, que impele o jornalista-poeta a invocar pessoas, que são como personagens de um romance vivo, transmitido via streaming da rede neural do K. Seus textos arejam a vida ordinária, são experiências sensoriais, que convidam ao mar e a amar, sempre ao ar livre.

O idioma é o seu playground. Kapeta, brinca com aliterações e quebra paralelismos sem parcimônia. Seus textos são tempestades sinápticas seguidas de dilúvio imagético. Não raro, propõe imagens inusitadas que desafiam a nossa capacidade de projetá-las mentalmente.

Suas crônicas febris são labirintos mentais. Apraz-me perder-me em seus devaneios kafkianos, entre um coqueiro e outro da praia de Tambaú. K se divide entre livros, filmes e discos.  K multiplicado é uma fragorosa risada! Nosso K, uma letra transbordante, que mil livros não comportam.

Rogo a Deus que nos preserve a espontaneidade, o caos e a leveza do K!

KUBITSCHEK-LIST:

João Pessoa – schek

Música- schek

Cotidiano – schek

Poesia – schek

Cinema – schek

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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