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O brasileiro que foi preso no Paraguai, suspeito de tentar comprar um bebê indígena, foi indiciado pela polícia local por tráfico internacional de menores, neste sábado (3). Ele, duas mulheres que o acompanhavam e a mãe da criança estão presos em Cidade do Leste, onde aconteceu a transação.
Além dessas pessoas, a polícia paraguaia também prendeu a escrivã de um cartório. A mulher teria emitido uma certidão, em que consta o nome do brasileiro como pai do menino que foi vendido. No cartório, a polícia encontrou certidões de nascimento em branco, mas que já continham nomes de testemunhas assinados. Para a promotora que investiga o caso, isso comprovaria o envolvimento da escrivã no esquema. Ela acredita que esses documentos são um indício de que novas certidões poderiam ser falsificadas.
Os policiais agora procuram pelo cacique da tribo onde a mãe da criança vive e por outra mulher. Ambos são suspeitos de envolvimento na venda do bebê.
Entenda o caso – Na quinta-feira, um cinegrafista de uma rede de tv paraguaia fazia imagens na região da rodoviária de Cidade do Leste. Durante o trabalho, percebeu uma movimentação estranha de um grupo de pessoas. Nesse momento, apontou a câmera e começou a filmar a negociação da criança.
Nas imagens, é possível perceber que a mãe reluta por alguns instantes a entregar o filho. Duas mulheres e uma adolescente entregaram o dinheiro e saíram com a criança.
Após registrar as imagens, o cinegrafista entrou em contato com a polícia e com os colegas. Minutos depois, os policiais encontraram a criança em um carro, junto com o brasileiro e as mulheres que participaram das negociações. A mãe do menino foi presa na sequência.
G1
NA CÂMARA - 02/10/2025
