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NO BANCO DOS RÉUS

Com atraso, começa júri do ex-goleiro Bruno em Minas Gerais

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publicado em 19/11/2012 às 09h22

Nesta segunda-feira (19), o ex-goleiro Bruno Fernandes de Souza e outros quatro réus começaram a ser julgados, por júri popular, por cárcere privado e morte de Eliza Samudio, de 25 anos, ex-amante do jogador. Bruno é acusado pelo Ministério Público de ser o mandante do crime ocorrido em 2010. O julgamento acontece no Fórum de Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais.

Sete jurados decidirão o destino dos réus, em júri presidido pela juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues. A previsão é que o julgamento dure pelo menos duas semanas.

De acordo com o Ministério Público, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e um primo de Bruno sequestram Eliza e o filho no Rio de Janeiro e os levaram até o sítio do goleiro, em Esmeraldas, Minas Gerais. Dayanne Rodrigues do Carmo, ex-mulher de Bruno, e Fernanda Castro, ex-namorada, também teriam participado do sequestro. O Ministério Público alega que Bruno arquitetou o crime por não querer assumir o filho que teve com Eliza nem pagar pensão alimentícia.

Eliza e o filho, segundo a Promotoria, teriam sido mantidos em cárcere privado durante sete dias. Depois foram levados por Macarrão e pelo primo do goleiro à casa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, na cidade de Vespasiano, no dia 10 de junho de 2010. Bola a teria estrangulado e sumido com o corpo, que ainda não foi encontrado.

Bruno e os demais acusados negam a versão. Mesmo sem o cadáver da vítima, o júri popular, que julga crimes contra a vida, pode acontecer graças a indícios e testemunhas.

O bebê Bruninho, filho de Eliza com Bruno, foi achado 15 dias depois, em Ribeirão das Neves, MG, na casa de conhecidos da ex-mulher do goleiro. Um exame de DNA comprovou a paternidade de Bruno, e a criança, hoje com dois anos e nove meses, vive com a avó materna em Campo Grande (MS). Sônia de Fátima Moura, que viajará até Minas Gerais para acompanhar o julgamento, disse ao G1 que espera que os oito réus sejam condenados e que falem onde está o corpo da filha.

Dos nove acusados, cinco serão julgados pelo júri-popular que começa nesta segunda. Dois serão julgados separadamente – Elenílson Vitor da Silva e Wemerson Marques de Souza. Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno, foi morto a tiros em agosto. O outro suspeito, Flávio Caetano Araújo, que chegou a ser indiciado, foi absolvido. 

Globo.com

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