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Médica paraibana com residência em Medicina do Sono pelo Hospital das da Faculdade de Medicina da USP, título de especialista em Neurologia pela Academia Brasileira de Neurologia, membro da Academia Brasileira de Neurologia, título de especialista em Neurofisiologia pela Sociedade Brasileira de Neurofisiologia

Meditação e insônia

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publicado em 19/08/2020 às 08h39

Insônia é um distúrbio do sono prevalente, caracterizado por dificuldades em iniciar e/ou manter o sono, apesar da oportunidade adequada de dormir. A insônia pode causar sofrimento significativo ou prejuízo no funcionamento social, ocupacional e outros. Portanto, é extremamente necessário o tratamento adequado e de eficaz da insônia.

A farmacoterapia é um tratamento tradicional para a insônia. Os medicamentos mais usados incluem benzodiazepínicos (como RivotrilÒ) e agonistas do receptor de benzodiazepina (como ZolpidemÒ). Recentemente, a terapia cognitivo-comportamental já foi demonstrada como um tratamento eficaz (e de escolha) para insônia, sendo capaz de reduzir os sintomas de insônia, bem como a dose diária de medicação hipnótica.

Além da terapia cognitivo-comportamental, várias outras intervenções psicológicas destinadas a facilitar a saúde do sono têm se concentrado em meditação da atenção plena – Mindfulness (Mind = mente/atenção ; full = cheia/plena) nas últimas duas décadas. Atenção plena se refere a um estado de consciência que é caracterizada por uma percepção intencional e não crítica de experiências do momento presente, ao invés de tentativas de alterar a experiência atual ou de eliminá-las da consciência. Um nível mais alto de atenção está associado a melhores desempenho cognitivo, saúde física e mental, além de menor experiência de estresse.

Mindfulness pode contribuir para melhorar os parâmetros do sono, incluindo redução do tempo total de vigília e da latência para o início do sono; e aumento da qualidade do sono e eficiência do sono, podendo servir como um tratamento auxiliar para insônia.

Mindfulness pode ser benéfica para uma variedade de grupos diferentes de pessoas, como mulheres na pós-menopausa, veteranos de guerra com distúrbios de estresse pós-traumático, pacientes deprimidos e com câncer de mama.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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