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Se Marcos for o prefeito (II)

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publicado em 14/08/2020 ás 10h05

Este texto, em sua inteireza – ou seja, tanto na parte anteriormente veiculada quanto nesta – não corresponde, de forma nenhuma, a uma avaliação negativa da atual gestão municipal, não! Merece, pois, ser enfatizado que a gestão do prefeito Luciano Cartaxo (JP) e a de Romero Rodrigues (CG), conforme pesquisas, têm tido avaliações bem positivas.

A administração pessoense tem até contado com elogios por ser considerada uma das principais cidades brasileiras “mais transparentes” em suas ações.

Já me referi a propostas feitas pelo “contador de causos” Marcos Pires (advogado dos mais competentes) se ele for o prefeito. E já li sobre propostas de ações anunciadas por alguns declarados candidatos a prefeito de João Pessoa, como – pela ordem alfabética – Anísio Maia, Bruno Farias, Eduardo Carneiro, Ruy Carneiro… A todos, que, entre várias propostas, apontam projetos para geração de empregos, incluindo, por óbvio, incentivos às atividades empresariais, “tudo com vistas a dar mais qualidade de vida à população”, eu sugeriria que incluíssem um “ouvir o próprio povo” e a este povo fossem prestadas informações quanto às vantagens e desvantagens da cidade também ser capital do Estado!

Os candidatos a prefeito têm “denunciado” que a cidade está cheia de crianças, adolescentes e adultos no entorno dos semáforos, alguns até exibindo cartazes com mensagens tipo “uma esmola pelo amor de Deus” e que desenvolverão projetos para “oferecer a essas pessoas uma melhor qualidade de vida”.

Mas, projetos para por fim problemas dessa natureza, prefeito algum tem capacidade nem estrutura para efetivá-los. Trata-se de um problema bem maior, que, para vencê-lo, precisa de ação conjunta com o Governo do Estado, para não dizer só Governo do Estado. Exigem ações para a interiorização do desenvolvimento, interiorização esta que efetivamente evite pensamentos ou atitudes como aquelas, lá de tempos atrás, já manifestados por meu pai (Antonio Tourinho) e por mim, ao conta-los, adaptados aos tempos de hoje. Contava meu pai que o pai dele (meu avô) lhe chamara a atenção se iria continuar ali, em Alagoa Grande, “arrancando mato”, em vez de ir/vir pra “capitá”. Papai respondera: “Mas, onde vou morar, se nenhum parente a gente tem lá?!”. Dissera meu avô:

“Ô, filho! Vá pra debaixo de uma ponte, porque na capitá a gente é visto, muito visto, e logo logo vai ter gente do governo pra dar uma coisa chamada minha casa minha vida. Depois que você já tiver sua casa, manda me dizer pra eu mandar seu primo ficar debaixo da mesma ponte”.