João Pessoa, 13 de julho de 2020 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O Ministério Público da Paraíba apresentou nova denúncia contra o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) no âmbito da Operação Calvário. É a sexta imputação de crimes de corrupção ao socialista.
Segundo as investigações, há constatação do uso de recursos de origem ilícita no Canal 40. O dinheiro teria servido, segundo o MP, para manutenção e reforma do prédio que era uma espécie de sede política do grupo girassol e QG das campanhas eleitorais, localizada no bairro de Mangabeira, em João Pessoa.
“Com efeito, nas operações de reforma e decoração do CANAL 40, em benefício de RICARDO VIEIRA COUTINHO, houve o emprego de diversos estratagemas para a dissimulação e ocultação: a) da origem ilícita dos recursos empregados, advindos de crimes antecedentes através de inúmeras empresas e organizações es sociais manietadas pela ORCRIM, consoante se extraí das inúmeras denúncias já formuladas e b) dos proprietários de fato e possuidores do imóvel funcionava o CANAL 40, bem como de suas benfeitorias e, por consequência, do destinatário do dinheiro sujo empregado nesses processos: o ex-governador RICARDO VIEIRA COUTINHO e sua família”, destaca a denúncia.
O Ministério Público aponta que, na condição de chefe da ORCRIM, Coutinho ocultou a proveniência ilícita dos recursos desviados, na medida em que se utilizou dos valores para aquisição, reforma e ambientação do imóvel em que funcionava o CANAL 40, uma das bases operacionais da mencionada organização criminosa.
Além do ex-governador, também são denunciados o irmão dele, Coriolano Coutinho; a irmã, Valéria Vieira Coutinho; Paulo César Dias Coelho; a ex-secretária de Administração do Estado, Livânia Farias; o ex-secretário executivo de Turismo do estado, Ivan Burity; e Maria Laura Caldas. Os três últimos firmaram termos de colaboração premiada com o MP durante as investigações.
MaisPB
Podcast da Rede Mais - 23/04/2024