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Ricardo Coutinho é denunciado pela quinta vez na Operação Calvário

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publicado em 04/06/2020 às 16h45
atualizado em 04/06/2020 às 17h21
Ricardo Coutinho - Foto: Maurílio Júnior/MaisPB

O Ministério Público da Paraíba denunciou Ricardo Coutinho (PSB) pela quinta vez na Operação Calvário.

O ex-governador da Paraíba é acusado na nova peça de corrupção em contratos firmados pela Cruz Vermelha Brasileira com o governo do Estado para gerir o Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena entre 2011 a 2018.

“Segundo constatado, o inédito modelo de gestão pública no Estado da Paraíba somente foi concretizado após prévio pagamento de propina e fraude ao processo de dispensa de licitação n° 27/2011, atos necessariamente precedentes ao CONTRATO DE GESTÃO N° 01/2011, que marcaria o início de um modelo de governança regado à corrupção, tingido pelo desvio de recursos públicos em prol de agentes políticos degenerados de valores probos, em quantia superior a R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais)1 , ao longo dos anos de 2011 e 2019, período em que a CVB/RS esteve administrando o HETSHL”, diz a denúncia.

Também foram denunciados o ex-chefe da Cruz Vermelha Brasileira Daniel Gomes da Silva, os ex-auxiliares do ex-governador Livânia Farias,  Waldson de Souza e Gilberto Carneiro, além de Jovino Machado da Nóbrega, Ney Suassuna, Aracilba Rocha, Fabrício Suassuna, Otto Hinrichsen Júnior, Edmon Gomes da Silva, Saulo de Avelar Esteves e Sidney da Silva Shmid. Todos são acusados de participação no esquema, com maior ou menor grau e envolvimento.

O MP destaca ainda que, “RICARDO COUTINHO estava convicto de que o uso das organizações sociais era a melhor forma de concretizar a infiltração da organização criminosa (que já existia no âmago das OSS, objeto da denúncia do MPRJ) no cenário público paraibano. A decisão do ex-governador, inclusive, contrariava a posição dos procuradores do estado, os quais acreditavam que a implementação de uma PPP traria, na verdade, melhores resultados à gestão dos hospitais.”.

O Ministério Público da Paraíba pede a condenação dos 13 denunciados e a perda da função pública ou emprego eletivo. Também é cobrado o ressarcimento aos cofres públicos de pelo menos R$ 6.597.156,19, em relação ao recurso desviado ilicitamente do tesouro estadual pelos acusados, sendo R$ 4.100.737,24 referente ao pagamento indevido da taxa de administraçao, e R$ 1.408.335,47  vinculado ao pagamento por bens e serviços não fornecidos.

MaisPB

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